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O site Kitsch tem como objetivo trazer visibilidade de forma positiva os aspectos sociais e culturais LGBTQIA+, em especial produzida no contexto Paraibano (Pessoense). Dando visibilidade aos(às) gatos(as) pardos(as), pretos(as) e, sobretudo, coloridos(as) na Sociedade da Informação, esse paradigma tem se tornado cada vez mais ambivalente e ambíguo através das fakes news que transitam junto aos fluxos informacionais e têm sido um fator que contorna, cada vez mais, a pós-verdade nesse paradigma sociotecnológico.
Sendo assim, a Responsabilidade Social legitimada pela ciência também tem buscado desenvolver estratégias para minimizar os reflexos nefastos destes fenômenos que dificultam a democracia e a diversidade, sobretudo, nas comunidades subrepresentadas, estas que são compostas por diversos grupos, perfis e amplitude espectral, esta última que se refere aos sujeitos que não se encaixam, e não precisam inserir se em grupos e/ou perfis. Para isso, focandoos(as) agentes institucionais e sociais, que são os(as) produtores(as) e divulgadores(as) dos sociais e culturais LGBTQIA+ da Paraíba para Paraíba e mundo. Contudo, o site Kitsch não é apenas mais um Blog, com notas pequenas e superficiais, igual aos milhares de Blogs LGBTQIA+ (não desmerecendo) soltos na internet. O site Kitsch tem outra proposta, ele se distingue dos demais por dois pontos. Primeiro, pela profundidade de seus conteúdos postados, resultados de pesquisas ou relatos de experiências/vivências (dados, informação, conhecimentos, saberes) levantadas e sistematizados seja na perspectiva quantitativa, qualitativa, positivista, compreensiva, romântica e vivencial.
Pesquisas e relatos de experiências feitas pelo próprio site Kitsch e por aqueles (as) que desejam compartilhar suas experiências/vivências pessoais e investigativas. No que se referem aos resultados das pesquisas, relatos de experiências/vivências, deve-se deixar algo bem claro. Suas inferências publicadas pelo site Kitsch são apenas representações das realidades espaço/temporal, política, econômica e tecnológica brasileira, em especial paraibana e pessoense. Pois, segundo Minayo (1996, p.238) “A coincidência entre a realidade estudada e o produto da pesquisa é uma utopia em qualquer marco teórico consistente.” Segundo ponto importante se dá a partir do enlaçar da profundidade dos conteúdos às estéticas marcantes das diversas formas do existir no epicentro da Comunidade LGBTQIA+, uma vez que ela é formada por diversos grupos, perfis e espectrais.
Neste sentido, se estaca a ciência, e tal qual a Ciência da Informação, a informação, seu objeto, consiste em elemento interdisciplinar, polissêmico, fractal e caleidoscópio, logo colorido. Esse fato demanda vigilância crítica, racional e política, em especial, no que concerne aos fenômenos do entorno, como a Responsabilidade Social da Informação e suas aplicabilidades, especialmente, quando ela torna a informação gênero-sexualidade visível, essa que se refere aos aspectos sociais e culturais da comunidade LGBTQIA+.
A informação gênero-sexualidade são os conteúdos informacionais que promovem o fechamento dos estados anômalos do conhecimento, com o potencial de promover a ressignificação cognitiva e a harmonização dos corpos e psiques quanto à orientação sexual, a identidade sexual e de gênero que se distanciam do binarismo imposto. Pautando-se nesta lógica, compreende-se que a dimensão da informação gênero-sexualidade se destaca por duas possibilidades: a) os conteúdos informacionais/comunicacionais oficiais produzidos e disseminados pelas redes LGBTQIA+ que são constituídas por Ongs, centro culturais LGBTQIA+, paradas do orgulho LGBTQIA+, casas de acolhimentos LGBTQIA+, Mães pela diversidade, mecanismos jurídicos, alas de presídio destinadas às travestis, entre outras, e b) os conteúdos informacionais científicos produzidos e disseminados – que também orientam, pois, agregam aos conteúdos informacionais/comunicacionais – mas, que essencialmente visibilizam a comunidade LGBTQIA+ positivamente.
Assim, o REPOSITÓRIO TEMÁTICO DE INFORMAÇÃO GÊNERO-SEXUALIDADE – CI (RT IGS CI) (Foto 2) é a prática da vigilância crítica, racional e política na Ciência da Informação, uma ação do Psicólogo, mestre e doutorando em Ciência da Informação Sérgio Santana, traduz a Responsabilidade Social da Informação referente à comunidade LGBTQIA+, e retorno do site depois do longo hiato pandêmico. O objetivo do RT IGS CI e visibilizar os corpos e subjetividades LGBTQIA+ (grupos, perfis e espectrais) como sujeitos (as)produtores(as) e disseminadores(as) produtores(as) da informação e conhecimento, através dos lugares de falas, mas também considerando os lugares de sensibilidades, escuta e oportunidades(aliados(as)). Uma ação imperativa para manter o movimento de manutenção da inclusão na Ciência da Informação.
O presente ensaio se configura uma representação fenomenológica da repercussão do caso Lourdes Rumanelly, de modo a se considerar uma nota de repúdio do site Kitsch, e ainda serve para nutrir as psiques de nossos (as) leitores (as) quanto às obscuridades do preconceito e a discriminação presente na fala da protagonista deste ensaio.
O Brasil é feito por mulheres como Pitty, Djamila Ribeiro, Fátima Pereira, Iza, Solange Rocha, Thais Araújo e Manuela d’Ávila, que são ligadas por uma campanha de combate à discriminação e o preconceito. Entretanto, também é feito por mulheres como Regina Duarte, Damares, Sarah Wintter, Flor de Lis, Joice Hasselmann, Rachel Sheherazade, Carla Zambelli, Luisa Nunes, Ana Paula Valadão e Lourdes Rumanelly, mulheres com almas e psiques obscuras ligadas pela mentira (fakenews), ódio, rancor, inveja, corrupção e apatia, com um leve tom de fascismo. Essas mulheres têm contribuído para as rupturas das liberdades individuais e o Estado democrático de direito e com subtração de direitos e vilipêndio sobre vidas e sobre a dignidade individual dos sujeitos e coletiva dos grupos subrepresentados, assim, como Lourdes Rumanelly Mendes dos Reis.
Assim, essa mulher cis, de 36 anos, professora de Biologia, teóloga, especialista em Ensino Híbrido e Hermenêutica do Novo Testamento pelo Instituto Bíblico Betel Brasileiro (Lattes não localizado), ‘13’ anos de magistério, integrando os quadros funcionais de duas escolas particulares da cidade de João Pessoa, em julho de 2020 provou o fel amargo do cancelamento na internet em repostas às suas estratégias de doutrinação violenta.
Galeria 1
Ela vinha discutindo em sua série intitulada The Mind (Galeria 1) as temáticas biológicas sob a perspectiva da religião cristã (FOLHA PATOENSE, 2020) por meio de lives em uma de contas Instagram, visto que tem duas contas a @profa.rumanellyreis de trabalho, e @lourdesrumanelly o perfil pessoal. As abordagens que Reis vinha trabalhando são bastantes interessantes e tem sim seus valores, mas, uma coisa é certa, é preciso muita sapiência para saber construir um elo de argumentação sobre às duas perspectivas para não cair em uma esparrela, ou dá um tiro no pé.
Pois bem! Foi o que aconteceu na sua live do 1º de julho de 2020 no 4 º episódio (Galeria 1). Sem agudeza para dá conta da ousadia, a professora acabou “pecando” ao definir em sua intelectualidade de almanaque e enciclopédico que os sujeitos LGBTQIA+, especialmente, os sujeitos transexuais são pecadores (as), aberrações e pervertidas. A pobrezinha se prendeu ao inatismo, e, especialmente ao fixismo das primeiras imagens e simbólicas/estéticas do conceito de sexualidade humana, tadinha. Assim, ela o fez sem considerar a ética, empatia, e o fato de que a homossexualidade foi retirada da lista de doenças e desvio psicológico pela OMS há mais de 30 anos que o ‘termo’ homossexualismo foi abolido devido a sua estigmatização e sendo substituído pela ‘terminologia’ Homossexualidade. Sua opinião preconceituosa, ao qual ela deveria ter guardado para ela ou falado apenas para seus pares de cosmovisão, foi baseada em um conceito de Michael Warner em 1991, sobre a heteronormatividade, como ponto de apoio para desconstruir a homossexualidade (BASTOS, 2020).
O episódio da série The Mind (Galeria 1, Vídeo 1) virilizou quando um (a) estudante denunciou a professora no dia 8 de julho 2020, no seu Twitter (2020):
“esse é um pedacinho da live da minha professora de biologia, onde ela VOMITA intolerância e homofobia. Denunciei a live no instagram por discurso de ódio mas não fizeram nada. Isso não pode ficar impune, temos que denunciar!!!!!!!!!!!”
O viral que foi de forma negativa para a professora, como o coronavírus que naquela época provocara 92.568 óbitos registrados no Brasil (G1, 2020). O episódio foi publicado por dezenas de sites de todo Brasil, até o site Põe na Roda um dos mais importantes e relevantes de nível nacional que trabalha com a disseminação da informação gênero-sexualidade (MARTÍNEZ-ÁVILA, LUVIZOTTO, BRITO, SILVA, 2020).
Ou seja, Reis caiu em infortúnio, e neste momento ela deve vivenciar o ‘inferno’ na terra, recolhendo ‘maçãs’ podres do chão do ‘paraíso’ do criacionismo. Com base na quantidade de sites que disseminaram o fato, em tese deve está sendo um desastre, e marcará a vida desta ‘criatura’. Se ela fosse um pouquinho humilde iria aproveitar o episódio para crescer como pessoa, pois às vezes apenas precisamos de um episódio desses para reavaliarmos nossas posturas egocêntricas. Porém, tudo leva a crer que isso não ocorrerá, para ela fora tudo ‘hermenêutica’ mal conduzida:
Ao contrário dos comentários desencadeados nas mais diversas redes sociais, destaco que em nenhuma das minhas falas houve incitação ao ódio, à violência, à ofensa ou à depreciação dirigidas a qualquer ser humano […]. (REIS, 2020).
Logo o seu discurso ceivado de ódio e reducionista como os discursos científicos do período pré-científico ter virilizado, os efeitos foram revoltas, raiva, ódio, e principalmente vergonha para o povo paraibano (a), para professores (as), educadores (as), e a comunidade científica UFPB, uma vez que ela se graduou na instituição. Inclusive dia 11 de julho de 2020 o Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Ação sobre Mulher e Relações de Sexo e Gênero (NIPAM) do Centro de Educação Universidade Federal da Paraíba se manifestou contra Reis de ter desclassificado o volume intitulado “Gênero e diversidade sexual: um glossário” (Foto 03), um dos produtos do Projeto “Iguais porque Diferentes”, desenvolvido por docentes do NIPAM/CE/UFPB e colaboradores(as), em 2008 com financiamento do Governo Federal por ter sido selecionado por edital lançado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) do Ministério da Educação (MEC), no âmbito das ações relativas ao Plano Nacional de Políticas para as Mulheres e ao Programa Brasil Sem Homofobia (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, 2020).
Um dos trechos da live que mais tem circulado nas redes sociais é o fragmento que chama atenção para as “práticas sexuais não reprodutivas”, ao qual ela leva a fogo e a ferro a lógica nascer, crescer, multiplicar e morrer, nos igualando as bactérias e/ou vírus. Pois, um dos fatores que nos distancia de outras espécies, e nossa capacidade cognitiva, essa construída através da percepção e da sensação. A percepção é a interpretação simbólica de dados colhidos das impressões pelas vias das sensações, a percepção considera as experiências simbólicas do sujeito. Enquanto a sensação que também marca a existência das outras espécies, diz acerca dos apenas dados colhidos pelos sentidos sem interpretação simbólica (ARAÚJO, 2014). Assim, entre nascer, crescer, multiplicar e morrer há muitas mais fenômenos que a ‘inocência’ de Rumanelly se quer desconfia, sendo algumas delas a empatia (compaixão), a ética, a dororidade, sororidade, o cuidado solidário e das diferenças, como também o amor, o amor pelo próximo, próxima e próximxs. Na Bíblia há histórias de amor e no cotidiano LGBTQIA+ também.
Não se trata de desclassificar nenhum trecho, passagem e/ou fragmento ipsis litteris da Bíblia como é visto nos desatinos de ‘Cristofobia’ da vereadora Eliza Virgínia (PP) da Paraíba que no dia 22 de julho de 2020 saiu em defesa da professora Rumanelly, a sua igual. (PARLAMENTO PB, 2020). A ‘epistemologia bíblica’ é importante para muitos sujeitos, as crenças e as religiões são contextos de confortos e direcionas muitas vidas e destinos das pessoas de forma positiva para o cominho do bem da empatia e da ética, inclusive dos sujeitos LGBTQIA+ que acreditam na figura Divina. Os sujeitos que não acreditam na ‘epistemologia bíblica’, tem o direito para tal, é genuíno também, pois nas letras bíblicas foi dada ao sujeito o livre arbítrio, somo livres até para visualizar a crença que nos mais acolhe e nos conforta. O colunista Vavá da Luz (2020) sobre o episódio, destacando o cabresto religioso dos tempos antigos que prevalece ainda na pós-modernidade, que vem tomando de forma vil os espaços e as pisques dos sujeitos que frequentam as igrejas que pregam mais o fundamentalismo do que o amor. Ele destaca as religiões visualizando com finalidade exclusiva de manter esse cabresto, e que as ‘criaturas’ hipócritas se submetem, cegas à razão que não convergem com os ensinamentos de Deus, que Ele é amor e nunca censor, não proíbe a liberdade de cada um (a), o direito de ir e vir, e administrar seus corpos (LUZ, 2020).
Porém, quando qualquer discurso bíblico se torna uma questão moral do sujeito branco, homem, cisgênero, heterossexual, afins e como uma ação feita em nome de um (a) Divino (a) para humilhar, ferir e criminar qualquer criatura, ele perde legitimidade.
Galeria 02
O discurso da professora é convergente à sua vida íntima e política partidária, ela é eleitora de Bolsonaro (Galeria 2) e também visibiliza postagens de figuras como Sikera Junior, o que nos fornece indícios da psique de uma pessoa que pode ser perversa ou ingênua. Não se sabe qual a faceta que permeia a mentalidade desta moça de epiderme tão bonita, porem embranquecida nas redes sociais. Contudo, é óbvio que ela não se coloca no lugar de fala (SPIVAK, 1983; RIBEIRO, 2019) como uma mulher no fluxo do machismo e sexismo promovidos por Bolsonaro direcionados às mulheres. E muito menos se põe no lugar de sensibilidade (AQUINO, 2012), nem pela empatia e nem pela ética quando visualiza a população LGBTQIA+ e outras comunidades subrepresentadas, como a população negra, ambos marginalizam por seu presidente genocida. Em suma, é preciso se amar para amar o outro, outra, outrxs.
Talvez ela tenha acreditado que sua simplória e obscura opinião seria validada, por se sentir confortável por está em um momento também obscuro em que o ódio direcionado às comunidades subrepresentadas tem sido validade pelo presidente e seus (suas) sinistros (as).
É claro que a comunidade LGBTQIA+ paraibana e pessoense ao tomar ciência do fato, logo em seguida acionou a sua rede, assim havendo um movimento de expedições de notas de repúdios pelas instituições e sujeitos LGBTQIA+ e com a entrada de um processo formal na justiça.
A Defensoria Pública do Estado da Paraíba, por meio da Coordenadoria de Diversidade Sexual e Direitos Homoafetivos (DPE), recomendou à professora Lourdes Rumanelly Mendes dos Reis a expedição de uma nota de retratação com pedido de desculpas à população LGBTQIA+, uma vez que Reis tenha desrespeitado os mecanismos jurídicos que protegem a população LGBTQIA+. Além de um pedido de desculpas, e com recomendou-se à professora que ela reconhece a importância e legitimidade do movimento LGBTQIA+. A DPE também recomendou que Reis venha ministrar palestras em escolas públicas de João Pessoa ou outro local a ser determinado pelo movimento LGBTQIA+ (CLARO, 2020). Então dia 10 de julho na ela uma nota de esclarecimento na conta Instagram @profa.rumanellyreis, Reis argumentou:
Eu, Lourdes Rumanelly Mendes dos Reis, graduada em Ciências Biológicas, pela Universidade Federal da Paraíba, e Especialista em Hermenêutica do Novo Testamento, pelo Instituto Bíblico Betel Brasileiro, venho a público prestar esclarecimentos sobre a transmissão ao vivo veiculada em minha conta profissional no Instagram, realizada no último dia 01 de julho, com vistas a elucidar eventuais questionamentos acerca da minha conduta ético-pedagógica diante das Instituições de Ensino em que leciono a disciplina de Biologia.
No dia 10 de junho do corrente ano, dei inicio, em minha conta profissional no Instagram, a uma serie de lives chamadas The Mind, que tinham como objetivo expor temas da Biologia, área de minha formação e exercício profissional, à luz das Escrituras Sagradas, área em que sou especialista, demonstrando, assim, como fé e ciência dialogam, revelando a mente de Deus acerca de quatro temas expostos semanalmente, a saber: Origem do universo e origem da vida; Criacionismo cientifico x Evolucionismo; Vida x aborto e Determinação Genética do Sexo.
Ressalto que todas as transmissões concentraram-se em abordar temas pertencentes às minhas áreas de atuação profissional, estando excluídas, portanto, análise psicológica, sociológica e antropológica, o que foi reiteradamente, dito por mim no curso das explanações. O único intuito da live era tão somente expor o que as Ciências Naturais dizem acerca da constituição do sexo do individuo, endossando o que a Bíblia também relata sobre o tema.
Ao contrário dos comentários desencadeados nas mais diversas redes sociais, destaco que em nenhuma das minhas falas houve incitação ao ódio, à violência, à ofensa ou à depreciação dirigidas a qualquer ser humano, o que se compatibiliza com a minha postura profissional ao longo dos 13 (treze) anos de exercício do magistério.
Destaco, ainda, que as lives originaram-se de iniciativa particular, sendo de produção totalmente independente das Instituições de Ensino para as quais trabalho, as quais não foram mencionadas verbal. visual, direta ou indiretamente.
Por fim, nenhum dos conteúdos expostos por mim dissentem do pensamento cientifico no campo das ciências biológicas, nem objetivam desrespeitar membros da comunidade LGBTQI+, os quais tem direito à vida, à preservação da dignidade da pessoa humana, à liberdade de expressão, à liberdade religiosa, sendo amados pelo Deus Criador, assim como eu o sou.
Atenciosamente,
Lourdes Rumanelly Mendes dos Reis
Contudo, as notas de repúdios ainda foram expedidas pela rede LGBTQIA+, como a Nota de repúdio da Aliança Nacional LGBTI+ no 10 de Julho de 2020; a Nota de repúdio do Conselho Técnico-Científico (CTC) Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Ação sobre Mulher e Relações de Sexo e Gênero (NIPAM) Centro de Educação Universidade Federal da Paraíba dia 11 de julho de 2020; Nota de repúdio do Movimento do Espírito Lilás (MEL) no dia 12 de julho de 2020; Nota de repúdio do Grupo de Mulheres Lésbicas e Bissexuais Maria Quitéria, dia 13 de julho de 2020; Nota de repúdio do Grupo Diversidades dia 13 de julho de 2020; Nota de repúdio da Associação de Mulheres Travestis e Transexuais Transfeministas da Paraíba (ASTRAPA) de João Pessoa, que expressou “por qualquer ato que venha a desrespeitar e/ ou tentar depreciar as mais variadas maneiras de vivência e expressão do gênero e da sexualidade de cada um/a. Lutamos por igualdade de gênero e por uma sociedade mais equânime.” (PARLAMENTO PB, 2020).
A diversidade religiosa é importante, porém nenhum delas deve ser imposta à fórceps, pois as pessoas têm o direito de escolha, inclusive o direito de não escolher nenhuma, isso é livre arbítrio. Se alguns sujeitos situados (as) nos contextos de crenças religiosas trabalhassem pela ótica da empatia construtiva e ativa, as contribuições seriam muito mais significativas para a construção da harmonia social. Mas, o que se percebe é que nestes contextos há muito sujeitos fundamentalistas que usam Bíblia e seus ensinamentos como armamentos bélicos. O Brasil tem vivenciado a pobreza, fome, violência, analfabetismo, corrupção, ao qual todas essas variáveis têm se contornado com o governo Bolsonaro e seus (suas) sinistros (as). Neste governo, o fundamentalismo que vinha se instalando timidamente, nos últimos dois anos vem tomando corpo e incentivando ‘criaturas’ a vomitar suas frustrações por odiar a si mesmo , o mundo e a diversidades criadas por Deus.
Todo mundo tem o direito a sua intimidade, o preconceito deve ficar na instância íntima, na zona sombria das psiques destes sujeitos com dois superegos operando. É o que deveria ter feio essa (des)educadora desumana, pois mesmo com contornos definidos do fundamentalismo, no estado brasileiro as redes LGBTQIA+ são os símbolos práticos da resistência, e agora mais do que nunca vigilantes e operantes. Evangelizar (doutrinar) através dos discursos violentos e invasivos somente causam confusão e destruição, é um perigo, ninguém sai ganhado. É preciso manter a natureza laica do Estado. É preciso manter a diversidade gênero-sexualidade. É preciso buscar ajuda psicológica.
AQUINO, Mirian de Albuquerque. Conhecimento Prudente Para uma Vida Decente: uma análise da temática étnico-racial na produção de conhecimento em Ciência da Informação/Biblioteconomia -período-2000-2012. Projeto de pesquisa, 2012. ARAÚJO, Hugo Filgueiras de. Uma filosofia da percepção em Platão. Archai, n. 13, jul/dez, 2014. Disponível em: http://periodicos.unb.br/index.php/archai/article/download/8490/7077. Acesso em: 13 fev. 2020.
CLARO, Larissa. DPE recomenda à professora que utilizou palavras de motivação homofóbica em live que se retrate. Defensoria Pública Do Estado Da Paraíba, João Pessoa, 2020. Disponível em: https://www.defensoria.pb.def.br/noticias.php?idcat=1&id=2409. Acesso em: 29 ago. 2020.
Grupo de Mulheres Lésbicas e Bissexuais Maria Quitéria . Nota de repúdio do Grupo de Mulheres Lésbicas e Bissexuais Maria Quitéria. Grupo de Mulheres Lésbicas e Bissexuais Maria Quitéria,João Pessoa, 13 de julho de 2020. Disponível em: https://mariaquiteria.org/2020/07/14/nota-de-repudio/. Acesso em: 05 set. 2020.
MARTÍNEZ-ÁVILA, Daniel; LUVIZOTTO, Caroline Kraus; BRITO, Jean Fernandes; SILVA, Rafaela Carolina. Disseminação, compartilhamento e apropriação da informação no youtube: uma análise do canal lgbtq “põe na roda”. Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação, v. 25, p. 1-18, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/view/1518-2924.2020.e67718 Acesso em: 29 ago. 2020.
PRADO, Marco Aurélio Máximo. Direitos Humanos da população LGBT em tempos de pandemia. Prof. Marco Aurélio Máximo Prado. Publicado pelo canal Ciência de MG. 2020. Disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=7wTGYCf_LC8. Acesso em: 29 ago. 2020.
SANTANA, Sérgio Rodrigues de et al. ENTRE ÁTOMOS, CÉLULAS E BITS: CONSIDERAÇÕES EPISTÊMICAS ACERCA DA INTERDISCIPLINARIDADE DO DADO NA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO. In: COSTA, Levi Cadmiel Amaral da; GUIMARÃES, Ítalo José Bastos; SANTANA, Sérgio Rodrigues de; CAMPOS, Arthur Ferreira (org.). Dados científicos: estudos práticos, teóricos e epistêmicos. João Pessoa: Ideia, 2020. Cap. 1, p. 9-31. Disponível em: https://www.ideiaeditora.com.br/produto/dados-cientificos-estudos-praticos-teoricos-e-epistemicos/Acesso em: 04 set. 2020.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
Se já era um desafio, ou melhor uma afronta, ser negro/a e LGBT neste país. Imagine agora frente às tensões promovidas por um desgoverno que é, sobretudo, homofônico e racista. Ele tem utilizado argumentos e estratégias que tem feito com que os/as LGBTs, especialmente LGBTs negros/as – potencializem os dramas, dilemas e conflitos de aceitação, pertença e empoderamento de sua estética. Ao qual a intenção nefasta é a promoção do retorno aos guetos, assim, sendo cada vez mais subalternizados/as pela distância geográfica. Como também a promoção da inviabilização por meio dos silêncios e negação e retiradas da informação referente aos corpos e psiques LGBTs das narrativas da memória e história atual LGBT.
Contudo, a universidades federais por meio do ensino, pesquisa e extensão têm resistido também à estas posturas fascistas deste desgoverno. Sendo uma destas ações o II CONGRESSO DE PESQUISADORES/AS NEGROS/AS DO NORDESTE (II COPENE/ NORDESTE): Epistemologias Negras e Lutas Antirracistas que será realizado em João Pessoa – 29, 30 e 31 de maio de 2019 na UFPB, Campus Universitário I Jardim Cidade Universitária.
O evento tratará também da temática negritude, gênero e sexualidade com apresentações de dois trabalhos. Do trabalho intitulado “ACESSO E USO DA INFORMAÇÃO ÉTNICO-RACIAL POR LGBTQI+ NEGROS (AS): Refletindo sobre a identidade eclipsada no contexto universitário” da autoria de Ewerton Alves (Foto 01, à direita), discente de pedagogia da UFPB. Ao qual tratará do conflito eclipsado promovido pelas forças de distanciamentos e estranhamentos quanto à identidade étnico-racial e identidade sexual e gênero. Outra trabalho relevante se intitula “BIXA PRETA: notas sobre raça, gênero e sexualidade na constituição da vítima” da autoria de José Clayton Murilo Cavalcanti Gomes (Foto 01, à esquerda), discente de Direito da UFPB. No trabalho o autor faz um relato sobre o assassinato de Monique que foi e a participação do Mel referente ao caso. Ambos os trabalhos são importantes para promoção do fortalecimento da identidade étnico-racial e identidade sexual e gênero dos LGBTs.
Em breve os anais do evento estará disponível para download dos referidos trabalhos que se tornam leituras base para comunidade LGBT pessoense. O evento é promovido pela Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI/ CCHLA/UFPB), Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro-Brasileiras e Indígenas (NEAB-Í-UEPB/Guarabira), Grupo de Estudos Integrando Competências, Construindo Saberes, Formando Cientistas (GEINCOS/CE/UFPB) e o Programa de Pós-Graduação em História (PPGH/CCHLA/UFPB.
Veja todos os resumos dos trabalhos clicando na foto abaixo
À Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN) desde a sua fundação, em 1999, tem articulado pesquisadores e pesquisadoras (formais e informais) nacional e regionalmente que desenvolvem atividades de ensino, extensão e pesquisa no campo das relações raciais.
A exemplo do I COPENE – Nordeste (UFMA) em 2017, esta segunda edição busca agregar acadêmicos, docentes, estudantes, ativistas dos movimentos sociais que têm desenvolvido novas formas de construção de estudos sobre a população na diáspora africana. Com o intuito de considerar o diálogo interdisciplinar e plural, os saberes e fazeres tradicionais, os conhecimentos científicos elaborados pelos movimentos e organizações negras e pelo universo acadêmico, estimulando ações de ensino, extensão e pesquisa para o avanço das lutas antirracistas no Brasil.
De forma que o II COPENE – NORDESTE, a ser realizado em maio de 2019, de 29 a 31, no Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes/CCHLA/UFPB, campus I de João Pessoa, tendo como organizadores por Neabi UFPB, Neabi UEPB, Geincos como outras instituições organizadoras juto à ABPN.
O II COPENE – NORDESTE procurará debater os estudos das temáticas relações étnico-raciais por meio de conferência, mesas de debates, oficinas, simpósios temáticos e relatos de experiências afro-pedagógicas, atividades político-cultural e lançamento de livros (impressos e digitais), tendo como eixo de discussão o tema Epistemologias Negras e Lutas Antirracistas.
Nesta quinta-feira dia 28 de junho, a comunidade LGBT pessoense irá comemorar o dia do orgulho LGBT. Essa comemoração faz referência a um dos episódios mais marcantes na luta pela afirmação da população LGBT: a Rebelião de Stonewall Inn. (SANTANA, 2018)
A comemoração se dará por meio do evento ‘Orgulhe-se’ que se figura uma estratégia de tornar a memória LGBT evocada e acessível. Como também fazer a manutenção da memória da violência cotidiana em que população LGBT brasileira, em especial, a população LGBT paraibana sofre . Neste sentido, o ‘Orgulhe-se’ acontecerá no Espaço Mundo e terá amostra cinematográfica, música, bateção de cabelo, encontro como os pares e amigos (as).
Será exibido o filme Stonewall Inn, que retrata esse episódio, a partir das 18h. Em seguida as perfomances das drags: Dorot Delrua Gabirua, a cor de Jambo Samantha D’avila Star, Thallyta Marchiori e a Vanessa Dibourbon. Terá discotecagens de DJS, em especial, da empoderada DJ Jully Mermaid, a DJ oficial da Parada do Orgulho LGBT Pessoense e residente do Donana Pub JP (SANTANA, 2018).
Além destas atrações, quem marcará presença no ‘Orgulhe-se’ será a cantora Aysha Adab (Foto 01, 02 e 03) . Adab é dona de um vocal inconfundível e potente que impressiona. A cantora tem se apresentado em eventos que acontece na Universidade Federal da Paraíba, ao qual é sempre convidada. Contexto onde é bastante conhecida, não apenas pelos seu talento musical, mas, por ter concluído nesta instituição o curso de graduação em Arquivologia (UFPB, 2017).
Em seus momentos de lazer a cantora sempre marca presença no Videokê do Napoleão, roubando (no bom sentido) sempre a cena com suas interpretações marcantes, o que inclui Elis Regina e Amy Winehouse, entres outros e outras.
Essa comemoração está sendo organizada pelo movimento LGBT pessoense que inclui entre outros, os agentes institucionais: Astrapa, Mel, Movibi e Maria Qyiteria.
O mais legal desse evento-balada é que a entrada é franca e será na quinta-feira às 18:00 no Espaço Mundo – Praça Antenor Navarro em João Pessoa-PB. Não se omita. E sinta!
Referências
ADAB, A. Fotos e Informações sobre Aysha Adab. In: Facebook, 2018. Disponível em:< https://www.facebook.com/ayshaadab > Acesso em: 27 Jun. 2018.
Cursos de Arquivologia e Biblioteconomia realizam Semana Acadêmica. In: UFPB, 2017. Disponível em:< http://www.ufpb.br/content/cursos-de-arquivologia-e-biblioteconomia-realizam-semana-acad%C3%AAmica> Acesso em: 27 Jun. 2018.
SANTANA, S. R. Orgulhe-se: comemorações referente ao dia do orgulho LGBT em João Pessoa-PB. In: Kitsch PB, 2018. Disponível em:< https://kitschhomocultura.wordpress.com/2018/06/26/orgulhe-se-comemoracoes-referente-ao-dia-do-orgulho-lgbt-em-joao-pessoa-pb/ > Acesso em: 27 Jun. 2018.
SANTANA, S. R. Seminário Bissexualidades: Construindo um Biálogo Nacional – programação. In: Kitsch PB, 2018. Disponível em:< https://kitschhomocultura.wordpress.com/2017/09/20/seminario-bissexualidades-construindo-um-bialogo-nacional/> Acesso em: 27 Jun. 2018.
A edição XVI/2017 da Parada do Orgulho LGBT Pessoense com a temática deste ano “Resistência é Close, nenhum direito a menos” irá acontecer no dia 24 de setembro de 2017 em um domingo e fará o percurso início no Sesc Cabo Branco em direção ao Busto de Tamandaré. A expectativa é que cerca de 38 a 40 mil pessoas se reúnam nesse momento de celebração, resistência e luta (DIAS, 2017; SANTANA, 2017).
Como não poderia deixar de ser, haverá momentos de chamamento à reflexão e luta contra a LGBTfobia com falas de representantes de ONG’s, figuras públicas e sociedade civil. A novidade deste ano é o retorno da PRÉ-PARADA, nos dias 22 e 23 de Setembro. Nela, acontecerá um encontro nacional de pessoas bissexuais, o Biálogo, que terá como tema “Analisando as conjunturas e o avanço das violências contra a população LGBT”. A abertura do Biálogo será sexta-feira (22), às 18h, na sala Aruanda (UFPB) e será aberto ao público. Interessados(as), podem entrar em contato pelo (83) 9 8825-7006 (DIAS, 2017; SANTANA, 2017). Confira a programação:
Dia 22/09/2017
Local – Cine Aruanda – UFPB
16h às 19h Recepção e Credenciamento
18:00 Mesa de Abertura
Governo do Estado
Representantes da PMJP
Frente Parlamentar LGBT da Assembleia legislativa
Repr. UFPB
Frente parlamentar LGBT da Assembleia
Pres. do cons. de Educação Cultura
MEL, MovBi, ASTRAPA, GMMQ, Grupo Diversidades, ARTGAY
19:00 Mesa 1
Bissexualidades suas Tipificações e intersecções nas manifestações da Bifobia
Alex Ka Wei Tso – Coletivo Primavera BI – SP
Danielle Brígida – ABL
Mediadora Prf. Dra Michele Agnoletti UFPB
21h Coquetel e mostra cultural
Performance Aysha Adab
22h Encerramento
Dia 23/09/2017 – CEJUB
7:00 café da manhã
8:30 Dinâmica de acolhimento
09:00 ás 12:00 Mesa 2
A Conjuntura e as Políticas para a população Bissexual, Lesbicas, Gays, Travestis e transsexuais
Prof. Dra Ana Lia Almeida – UFPB
Prof. Eduardo Guimarães
Mediador Luciano Vieira – MEL
12:00 almoço
14:00 Roda de Biálogos – Violências e
Bissexualidades
Alex Ka Wei Tso – Coletivo Primavera BI – SP
Luiza Albano Grupo MARIAS
GT1- bissexulaidade Masculina
GT2- bissexulaidade Feminina
16:00 Lançamento da Identidade Visual Grupo Diversidades.
16:30 Plenária – Bissexualizando a política
LGBT
Joebson Rodrigues – MovBi
17:00 IV Biálogo – Pensando o futuro
Adriano Rodrigues MovBi
19:00 Jantar
21h Confraternização
Dia 24/09/2017
9:00 preparativos para parada
I Torneio de Beach Soccer Feminino
( Arena Cabo Branco )
16h Início da concentração.
17h Aula de dança com o Professor Gaudioso
Hino Nacional
Leitura do manifesto
Entrega das medalhas dos times vencedores na disputa esportiva.
Falas.
Representantes da PMJP,
Governo do Estado,
Frente Parlamentar LGBT –
Deputado Anísio Maia
Deputada Estela, CMJP,
Comissão da Diversidade Sexual e Direito Homoafetivo da OAB – PB
SANTANA, S. R. XVI Parada do Orgulho LGBT Pessoense (Resistência é Close)*: ano e edição das Drag Queens.In: Kitsch, 2015. Disponível em:< https://kitschhomocultura.wordpress.com/2017/09/10/xvi-parada-do-orgulho-lgbt-pessoense-resistencia-e-close-ano-e-edicao-das-drag-queens/ > Acesso em: 19 set. 2017.
Com identidade de gênero transexual e orientação sexual heterossexual, Ismaelly Batista tem formação técnica em Biodiagnóstico e habilitação nos campos de Microscopia e Histologia pela Escola Técnica de Saúde da UFPB (2010); é graduada em Arquivologia (2013) e mestre em Ciência da informação, ambos pela UFPB (2016). Ela é professora da UFPB e participa da campanha publicitária #EuRespeito, que será lançada próximo dia 24 de julho, pelo governo do Estado e Semdh, sendo voluntária no casting da campanha.
Ela afirma que os maiores desafios enfrentados nos espaços públicos e privados na condição de mulher transexual estão relacionados ao fato de que há despreparo profissional para lidar não apenas com o público Trans, mas com o ser humano de forma geral, e, neste contexto a população LGBT (onde se enquadra a transexualidade) acaba ocupando papel coadjuvante, o que gera estranheza, mal atendimento e violência em alguns casos.
“Os desafios vão desde o reconhecimento do indivíduo como cidadão e respeito a seus direitos o que passa pela falta de flexibilização com o uso do nome social, tratamento humanizado e de qualidade, assim como a ética em não expor a condição do sujeito aos colegas e outros usuários. Neste sentido o protagonismo da população Transexual, enquanto seres humanos e cidadãos, tanto na condição de usuários(as) como prestadores(as) de serviço deve ser repensada transformando um quadro de marginalização em um lugar comum de inclusão participativa de todos (as). A informação sobre a existência da população transexual ocupa papel preponderante na cultura social, pois evita pré-conceitos e mediante um novo senso coletivo baseado em direitos legais adquiridos e respeito popular os desafios institucionais darão espaço para o exercício da cidadania transexual”.
* Lei Estadual N° 10.909/2017 e Decreto Estadual n° 27.604/2006, que coíbem toda forma de discriminação por orientação sexual e identidade de gênero em estabelecimentos públicos e privados na Paraíba.
*O tratamento nominal e o uso e inclusão do nome social de travestis e transexuais no âmbito da Administração Pública é garantido pela Lei Estadual nº 10.908/2017.
Referências
TRAJANNO, Y. Foto de Ismaelly Trajanno. In: Facebook, 2017. Disponível em:< https://www.facebook.com/ismaelly.trajanno >. Acesso em: 13 jul. 2017.
TRAJANNO, Y. Foto de Ismaelly Trajanno. In: Lattes-CNPq, 2017. Disponível em:< http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4367011Y5 >. Acesso em: 13 jul. 2017.
A agulha rasga o disco marcando não só a transição do Mr. Mister para Madonna, na introdução. E parece fazer referência a era dos vinis quando o som grave e pesado das vitrolas embalavam o hits daquela época. Essa referência do final da década de 1970 se reafirma no remix do ABBA, a canção Voulez Vous assume a batida que de fato vem apresentar o início da identidade rítmica do set mix intitulado 4.0 o novo trabalho do DJ Kafé (Foto 02) lançado há 10 dias.
Porém é na transição de Somebody Dance With Me, da Witney para Shine It On, da Wanessa que o som fica mais envolvente. O tribal se torna nítido, a vibração faz lembrar “tambores” sintetizados e as variações para o grave tornam a faixa forte e pulsante. Este tipo de transição se repete algumas vezes. Não é só a transição rítmica, é transição de momentos históricos, ora início dos anos 1980, ora final dos anos 1970, com saltos para os anos 2000 e anos 2010. Um outro instante no qual a mudança temporal é bem clara é na passagem de Holiday para Titanium, uma transição até longa, talvez intencional, uma vez que não deixa a vibe se perder e continua com a mesma pegada.
Um detalhe imprescindível: algumas das músicas que compõem o set foram trilhas de telenovelas brasileiras. Uma clara relação do DJ com essas memórias sonoras diluídas na teledramaturgia e registradas em sua considerável coleção de cds e vinis. O que acaba por proporcionar uma miscelânea de artistas nacionais e internacionais conhecidos pelos públicos mais diversificados. Um mergulho em um túnel de lembranças e emoções. É bem possível que seja por esse envolvimento emocional que os quarenta e oito minutos do set mix passem como se fossem poucos minutos e quando menos se espera se está ouvindo tudo outra vez.
A figura alada na capa (Foto 02) do set mix traduz bem a liberdade que o DJ tem de mesclar clássicos do pop com músicas mais atuais. Não é por menos, um set mix comemorativo de quarenta anos (ele faz aniversário dia 17 de junho, hoje!) tem que ter muita história musical para mostrar. Além da eclética lista de marcantes sucessos com transições suaves e harmoniosas o que se pode perceber é a evolução. Desde seu último set mix o DJ Kafé tem mostrado que não parou no tempo, é vintage é contemporâneo, é tribal.
Esta longa história de imersão sonora é encerrada com a mesma trilha que inicia o set mix, Broken Wings, enérgica e completa fecha o ciclo dando a ideia de rebarbas aparadas. A agulha retirada do vinil nos últimos segundos do set pode ser um registro que quase passa desapercebido, porém se bem observado traduz muito do que é descrito nas informações de apresentação do set do DJ: voos e pousos que se repetem ao longo do tempo.
Salvo algumas pequenas saturações nos potentes graves, resultantes de uma possível intenção potencializar o corpo sonoro, o set mix todo é muito bom e faz o tempo parar. Mas tal qual o ranço da vida são essas saturações, a gente se livra com o tempo. Veja o vídeo Drops logo abaixo.
A festa 8 Pecados (Foto 01) teve sua estreia no cenário pop/indie gay alternativo de João Pessoa no dia 13 de Maio de 2016. A festa reuniu 1500 pessoas no Centro de Vivências da Universidade Federal da Paraíba e utilizou de uma qualidade sonora e estrutura que nunca tinha sido vista em eventos do gênero na UFPB .
O objetivo inicial da festa foi reunir um projeto diferente e ousado que desconstruísse a imagem negativa que ficou de festas anteriores realizadas na UFPB. “Queria resgatar a credibilidade dos eventos realizados na UFPB que estava manchada devido a históricos de assaltos, tumultos e péssima qualidade de eventos anteriores” explicou o organizador da festa, Eduardo Ouyer (Foto 02).
“A ideia do 8 Pecados surge como uma resposta à sociedade que costumam rotular e classificar as coisas segundo as suas vontades, por exemplo, a gula, luxúria e os demais pecados capitais só são considerados pecados porque são rotulados como negativos, como errados. Desta forma percebo que a liberdade plena de viver segundo seus preceitos podem ser classificados e enxergados negativamente pela sociedade, postulando tudo dentro de padrões…. Masss não posso revelar ao certo o oitavo pecado mas venha para a festa que você o conhecerá”. Garante ele.
Da 1ª edição restaram comentários positivos e repercussão pelas redes sociais e grupos jovens da cidade a respeito da surpreendente e irresistível nova festa que acabara de surgir.
Neste sentido, a 2ª edição da 8 Pecados irá explorar o mundo do Beijo Perfeito inspirados e embalados pelo clima do Dia dos Namorad@s e irá encerrar oficialmente o período de aulas do período da UFPB.
8 Motivos para não perder a 8 Pecados do dia 17 de Junho de 2016:
#A primeira edição atraiu 1500 pessoas em uma estrutura que incluía palco e sistema de som de extrema qualidade;
#A festa será no dia 17 de junho, sexta-feira, em final de período de aulas ou seja o que tinha de acontecer com as disciplinas já aconteceu, de preferência que você tenha sido aprovado;
#Última oportunidade de conferir as pessoas que estão na cidade porque provavelmente no dia seguinte todos estarão caindo na estrada para curtir o São João em outras cidades;
#Haver RED CARPET na entrada do evento para você desfilar todo trabalhado(a) nas melhroes grifes internacionais do mundo, dar entrevistas para os canais internacionais mais bafÔnicos do show business e claro tirar várias fotos dando beijo pras inimigáhs;
#Os bares oficiais da festa estarão com preços competitivos e bem em conta, ou seja, para assegurar aquele tombamento né noum?;
#A festa está chegando na casas das 1000 intenções e 800 confirmados no facebook.. vai ficar de fora ?
#No evento da festa no facebook você encontra o Teaser bombástico da 8 Pecados… Assista ele e se você não conseguir se segurar no final então pode gritar que a gente deixa tá ?
#Por fim mas muito importante .. A FESTA É GRÁTIS
Então vai perder o close do ano? Claro que não né ? A única dúvida que fica é “Qual será o 8 Pecado”