Empório Café esclarece episódio de LGBTfobia

Foto 1: Mira Maya, 2022.

Esses dias o Empório Café foi acusado de LGBTfobia. A acusação partiu de Victor Oliveira,  um de seus(suas) clientes, que alega ter sofrido discriminação  por parte de um(a) dos(as) funcionários(as) da casa. Victor Oliveira prestou queixa formal e postou o documento junto a uma declaração no seu Instagram o “pior lugar  para se frequentar em João Pessoa se chama  Empório Café” (Victor Oliveira, 2022).  

Foto 2: Victor Oliveira prestou queixa formal e postou o documento junto a uma declaração no seu Instagram o “pior lugar  para se frequentar em João pessoa se chama  Empório Café” (Victor Oliveira, 2022).

O Empório Café é um bar/café e disco que existe desde 1999 na Feirinha de Tambaú,  é um lugar diferenciado por que tem um charme pós-moderno, boa música, arte, people, e, sobretudo, marcado pela ótima gastronomia,  e curiosamente sempre foi lugar de acolhimento  impecável, especialmente, com a população LGBTQIA+. 

Logo após o ocorrido, o Empório Café lançou uma nota de esclarecimento em seu Instagram,  enfatizando  sobre o acolhimento  dos  seus(suas) clientes e funcionários(as). Contudo,  no dia 16/06/2022, o estabelecimento solto outra nota com as falas da cantora Mira Maya (Foto 1) que narrou sua perspectiva do episódio, e disse não concordar com a atitude de Victor Oliveira. Foi disseminado junto às falas de Maya, cenas em vídeo com objetivo de de informar  ao seu público e funcionários(as)  a sua versão  dos fatos do dia 12/06/2022.  Contudo,  antes de expor as provas, o Empório Café deu a Victor Oliveira a chance de retratação, porém  ele escolheu não fazê-la,  devolveu ao estabelecimento tal dever.

Espontaneamente áudios e vídeos com relatos reais chegaram, confirmados por câmeras de segurança e aqui decidimos apresentar alguns deles, o suficiente para comprovar que não apenas as acusações são difamatórias, como as vítimas são os funcionários e o Empório Café. Discriminação e maus tratos quem sofreu foi a funcionária que cuida da limpeza, recebendo falsas acusações e grosserias diante de clientes. Mesmo assim, fez de tudo para resolver a situação. Crime não é ser conduzido por funcionário para sair da casa sem causar mais confusão, como ocorreu. Crime é servir-se de bebida da casa sem pagamento, aproveitando ausência de vigilância da atendente. Vejam e ouçam. Temos esse direito de resposta.” (Empório Café, 2022).

Desde 1999 o Empório Café preza por melhorar o atendimento e acolhimento, investindo em equipamentos e treinando de equipes para que seu público  se sinta segura e confortável. O estabelecimento ainda contribui para economia pessoense, pois de lá muitas famílias tiram seu sustento, uma vez que ele emprega profissionais de diversas categorias.

8 lugares para ir quando você estiver em João Pessoa-PB

Foto 1: Karaokê do Parajeau toda quinta-feira na General Store – 2022.

Por Sergio Kafé

O mundo tem vivenciado uma pandemia movida por uma doença respiratória contagiosa, letal, a COVID-19 (Corona Virus Disease 19), causada pelo SarsCov2.

O Isolamento social, as incertezas culminaram em fenômenos como angústia, ansiedade e estresse, que afetam um todo. A pandemia não acabou, porém, com a vacina houve um controle parcial que possibilitou a circulação das pessoas nos espaços geográficos-sociais, especialmente, locais turísticos e ambientes de lazer/recreação como bares, casas noturnas, shows, entre outros.

Neste sentido, se está no seu roteio conhecer João Pessoa na Paraíba, não deixe de ir aos lugares desta lista, pois eles são lugares interessantes, acessíveis e com suas especificidades gastronômicas, serviços/produtos e lazeres .

Foto 2: General Store – 2022.

General Store – A General Store (Foto 2) é uma cafeteria e bar localizada no centro histórico de João Pessoa, um lugar para quem curti o pôr do sol, inclusive, Joao Pessoas tem o pôr do sol mais oriental das américas. Toda quinta-feira acontece o Karaokê do DJ Parajeau (Foto 1) que é uma atração aparte, e como Host karaokês ele faz você se sentir uma diva da música pop, comandando a festa com muita competência, entusiasmo e bom humor. A General Store é aberta de segunda a sábado das 10h às 22h e fechado no domingo.

Foto 3: Videokê do Napoleão – 2022.

Videokê do Napoleão – O Videokê do Napoleão (Foto 3) é um boteco/Karaokê, um lugar democrático onde há convivência entre diversos grupos e perfis específicos. Ou seja, seu público é um caleidoscópio formado por pessoas de diversas orientações sexuais, gêneros, etnia/cores, credos (religião), escolaridades e poder econômico. O repositório foi renovado, assim o cardápio musical traz nomes atuais como Anitta e Billie Eilish, como também clássicos da música nacional e internacional como Madonna, Technotronic e Titãs. O Videokê do Napoleão se localiza na Av. Monsenhor Walfredo Leal, Tambiá, João Pessoa – PB, 58020-325 e tem como ponto referência geográfica a TV Cabo Branco, e também o Clube Astrea.

Foto 4: Mãe Terra – 2022.

Mãe Terra – O quiosque Mãe Terra (Foto 4) é um bar localizado na Praça da Paz no bairro dos Bancários, do lado LGBTQIA+ da praça, o que é garantido muita paquera, diversão e tranquilidade. Entre os bares LGBTQIA+ que ficam localizados na Praça a Paz o Mãe Terra é o melhor no atendimento, os(as) atendentes são calorosos(as) e educados(as) e tem ótimos sanduíches e café quente. Vale a pena conferir!

Foto 5: Empório Café – 2022.

Empório Café – O Empório Café (Foto 5) é um bar/café e disco que existe desde 1999 na Feirinha de Tambaú. É um lugar diferenciado por que tem um charme pós-moderno, boa música, arte, people e, sobretudo, marcado pela ótima gastronomia. Lá você encontra saladas, sanduíches gourmets e excelentes drinques para aquecer a noite. Nas noites de sexta-feira e domingo acontece o Karaokê do Empório Café comando também pelo Host karaokês DJ Parajeau (Foto 1). O Empório Café se localiza na Rua Coração de Jesus, 145, Feirinha de Tambaú, João Pessoa – PB, 58039-070, Telefone: (83) 3247-0110.

Foto 6: Tambaba Café – 2022

TambabaTambaba (Foto 6)é uma praia brasileira situada no município de Conde, litoral sul da Paraíba que fica a cerca de 30 km da capital João Pessoa. Ela é dividia em duas partes, o lado para os(as) banhistas vestidos(as), e outro para os(as) banhistas naturistas. Ela foi a primeira praia do Brasil a permitir o naturismo por lei municipal. Além a curtição de se despir literalmente, do lado naturista, a partir das 16 horas ocorre o momento a ‘pegação’ LGBTQIA+ e ‘pegação’ heterossexual. Leve suas tecnologias do sexo!

Foto 7: Parque Sólon de Lucena – 2022

Parque Sólon de Lucena – O Parque Sólon de Lucena (Foto 7) é um dos cartões postais que mais representa o estado da Paraíba. É também conhecido apenas como A Lagoa, é um espaço público da capital Paraibana. Em 2016 o parque foi revitalizado, ele situa-se no centro da capital paraibana e apresenta belos jardins, pistas de skates e patins e uma lagoa, ao centro, com um grande espelho d’água circular cercado por palmeiras-imperiais.

Foto 8: Sky Bar – 2022.

Sky Bar – O Sky Bar (Foto 8) é um espaço que fica localizado à 145 metros de altura no alto do Complexo Tour Geneve, no bairro de Altiplano. O grande barato é ver e curti o pôr do sol de uma visão mais privilegiada da capital paraibana. A curtição do pôr do sol é regado com bons drinks e saborear petiscos especiais.

Foto 9: Música Urbana – 2022.

Música Urbana – A Música Urbana (Foto 9) é uma das poucas lojas de discos e CDs do Brasil e completou 22 anos neste dia 9 março de 2017. Sendo uma opção muito interessante para quem ainda curte adquirir vinis e CDs, periódicos de música, etc. A Música Urbana fica foi aberto em 23/01/1998 por Robério Rodrigues. Ela fica aberta de segunda a sexta, do meio-dia às 18h. Sábados, das 10h às 17h. Ela se localiza na Rua Visconde de Pelotas, 138B Centro de João Pessoa – PB.

Referências

EMPÓRIO CAFÉ. Fotos  e Informação. Instagram, 2022. Disponível em: https://www.instagram.com/emporiocafe/. Acesso em: 30 mai. 2022.

FERREIRA, B. Parque Sólon de Lucena –  Fotos  e Informação. Instagram, 2022. Disponível em: https://www.instagram.com/p/CLpcY1HHUp9/.Acesso em: 30 mai. 2022.

GENERAL STORE. Fotos  e Informação. Instagram, 2022. Disponível em: https://www.instagram.com/generalstorejp/  .Acesso em: 30 mai. 2022

GEOGRAFIA DA PARAÍBA.  Fotos  e Informação. Instagram, 2022. Disponível em: https://www.instagram.com/p/B3AzOaGpPou/ .Acesso em: 30 mai. 2022.

MÃE TERRA. Fotos e Informação. Instagram, 2022. Disponível em: https://www.instagram.com/quiosquemae.terra01/. Acesso em: 30 mai. 2022.

MÚSICA URBANA. Fotos e Informação. Instagram, 2022. Disponível em: https://www.instagram.com/musicaurbanajp/. Acesso em: 30 mar. 2022.

NOGUEIRA, J.’35 coisas para fazer em João Pessoa (depois do banho de mar)’Música Urbana. Clape Clape Clape, Joao Pessoas, 2022. Disponível em: https://blog.portalt5.com.br/clapeclapeclape/2022/01/26/35-coisas-para-fazer-em-joao-pessoa-depois-do-banho-de-mar/. Acesso em: 30 mai. 2022

PARAJEAU. Fotos  e Informação.Instagram, 2022. Disponível em: https://www.instagram.com/p/Ccnr1qtr55S/. Acesso em: 30 mai. 2022

SANTANA, S. R. Videokê do Napoleão, uma balada para fugir do habitual.   Kitsch, Joao Pessoas, 2017. Disponível em: https://kitschhomocultura.wordpress.com/2017/01/30/videoke-do-napoleao-uma-balada-para-fugir-do-habitual/. Acesso em: 30 mai. 2022.

SANTANA, S. R. 6 lugares para ir quando você estiver em João Pessoa-PB.   Kitsch, João Pessoas, 2017. Disponível em: https://kitschhomocultura.wordpress.com/2017/07/11/6-lugares-para-ir-quando-voce-estiver-em-joao-pessoa-pb/. Acesso em: 30 mai. 2022.

SKY BAR. Fotos e Informação. Instagram, 2022. Disponível em: https://www.instagram.com/skybarjpa/. Acesso em: 30 mai. 2022.

PRAIA DE TAMBABA.Fotos e Informação. Instagram, 2022. Disponível em: https://www.instagram.com/praiadetambaba.pb/. Acesso em: 30 mai. 2022.

VIDEOKÊ DO NAPOLEÃO. Fotos e Informação. Instagram, 2022. Disponível em: https://www.instagram.com/videokedonapoleao/. Acesso em: 30 mai. 2022.

O site Kitsch retorna, e lança o Repositório Temático de Informação Gênero-Sexualidade – CI (RT IGS CI)

Foto 1: Sérgio Santana, idealizador do REPOSITÓRIO TEMÁTICO DE INFORMAÇÃO GÊNERO-SEXUALIDADE – CI

O site Kitsch tem como objetivo trazer visibilidade de forma positiva os aspectos sociais e culturais LGBTQIA+, em especial produzida no contexto Paraibano (Pessoense). Dando visibilidade aos(às) gatos(as) pardos(as), pretos(as) e, sobretudo, coloridos(as) na Sociedade da Informação, esse paradigma tem se tornado cada vez mais ambivalente e ambíguo através das fakes news que transitam junto aos fluxos informacionais e têm sido um fator que contorna, cada vez mais, a pós-verdade nesse paradigma sociotecnológico.

Sendo assim, a Responsabilidade Social legitimada pela ciência também tem buscado desenvolver estratégias para minimizar os reflexos nefastos destes fenômenos que dificultam a democracia e a diversidade, sobretudo, nas comunidades subrepresentadas, estas que são compostas por diversos grupos, perfis e amplitude espectral, esta última que se refere aos sujeitos que não se encaixam, e não precisam inserir se em grupos e/ou perfis. Para isso, focando os(as) agentes institucionais e sociais, que são os(as) produtores(as) e divulgadores(as) dos sociais e culturais LGBTQIA+ da Paraíba para Paraíba e  mundo. Contudo, o site Kitsch não é apenas mais um Blog, com notas pequenas e superficiais, igual aos milhares de Blogs LGBTQIA+ (não desmerecendo) soltos na internet. O site Kitsch tem outra proposta, ele se distingue dos demais por dois pontos. Primeiro, pela profundidade de seus conteúdos postados, resultados de pesquisas ou relatos de experiências/vivências (dados, informação, conhecimentos, saberes) levantadas e sistematizados seja na perspectiva quantitativa, qualitativa, positivista, compreensiva, romântica e vivencial.

Pesquisas e relatos de experiências feitas pelo próprio site Kitsch e por aqueles (as) que desejam compartilhar suas experiências/vivências pessoais e investigativas. No que se referem aos resultados das pesquisas, relatos de experiências/vivências, deve-se deixar algo bem claro. Suas inferências publicadas pelo site Kitsch são apenas representações das realidades espaço/temporal, política, econômica e tecnológica brasileira, em especial paraibana e pessoense. Pois, segundo Minayo (1996, p.238) “A coincidência entre a realidade estudada e o produto da pesquisa é uma utopia em qualquer marco teórico consistente.” Segundo ponto importante se dá a partir do enlaçar da profundidade dos conteúdos às estéticas marcantes das diversas formas do existir no epicentro da Comunidade LGBTQIA+, uma vez que ela é formada por diversos grupos, perfis e espectrais.

Neste sentido, se estaca a ciência, e tal qual a Ciência da Informação, a informação, seu objeto, consiste em elemento interdisciplinar, polissêmico, fractal e caleidoscópio, logo colorido. Esse fato demanda vigilância crítica, racional e política, em especial, no que concerne aos fenômenos do entorno, como a Responsabilidade Social da Informação e suas aplicabilidades, especialmente, quando ela torna a informação gênero-sexualidade visível, essa que se refere aos aspectos sociais e culturais da comunidade LGBTQIA+.

A informação gênero-sexualidade são os conteúdos informacionais que promovem o fechamento dos estados anômalos do conhecimento, com o potencial de promover a ressignificação cognitiva e a harmonização dos corpos e psiques quanto à orientação sexual, a identidade sexual e de gênero que se distanciam do binarismo imposto. Pautando-se nesta lógica, compreende-se que a dimensão da informação gênero-sexualidade se destaca por duas possibilidades: a) os conteúdos informacionais/comunicacionais oficiais produzidos e disseminados pelas redes LGBTQIA+ que são constituídas por Ongs, centro culturais LGBTQIA+, paradas do orgulho LGBTQIA+, casas de acolhimentos LGBTQIA+, Mães pela diversidade, mecanismos jurídicos, alas de presídio destinadas às travestis, entre outras, e b) os conteúdos informacionais científicos produzidos e disseminados – que também orientam, pois, agregam aos conteúdos informacionais/comunicacionais – mas, que essencialmente visibilizam a comunidade LGBTQIA+ positivamente.

Figura 2: Interface do REPOSITÓRIO TEMÁTICO DE INFORMAÇÃO GÊNERO-SEXUALIDADE – CI (RT IGS CI)

Assim, o REPOSITÓRIO TEMÁTICO DE INFORMAÇÃO GÊNERO-SEXUALIDADE – CI (RT IGS CI) (Foto 2) é a prática da vigilância crítica, racional e política na Ciência da Informação, uma ação do Psicólogo, mestre e doutorando em Ciência da Informação Sérgio Santana, traduz a Responsabilidade Social da Informação referente à comunidade LGBTQIA+, e retorno do site depois do longo hiato pandêmico. O objetivo do RT IGS CI e visibilizar os corpos e subjetividades LGBTQIA+ (grupos, perfis e espectrais) como sujeitos (as)produtores(as) e disseminadores(as) produtores(as) da informação e conhecimento, através dos lugares de falas, mas também considerando os lugares de sensibilidades, escuta e oportunidades(aliados(as)). Uma ação imperativa para manter o movimento de manutenção da inclusão na Ciência da Informação.

A CENA DRAG & DJ NO CONTEXTO DA PANDEMIA: lugar de fala, informação e coletividade

Foto 01: A CENA DRAG & DJ NO CONTEXTO DA PANDEMIA: LUGAR DE FALA, INFORMAÇÃO E COLETIVIDADE

Por

Foto 02: Michel Batista Silva, Maytê Luanna Dias de Melo e Sérgio Rodrigues de Santana, autorxs.

Esse texto faz parte do Caderno de Resumos do seminário on line          ‘Lives e olhares livres: a população LGBTQIA+ no contexto da pandemia da Covid-19’ em que a Jully Mermaid foi um (a) dos (as) palestrantes.

A pedido da Drag & DJ Jully Mermaid o resumo da live “A CENA DRAG & DJ NO CONTEXTO DA PANDEMIA: lugar de fala, informação e coletividade” foi construído pela organização do evento.  Considerando que a Drag & DJ Jully Mermaid é uma artista e militante, sua live teve o objetivo de contar sua experiência, assim o discurso da palestra foi inserido no Lugar de Fala e interseccionada ao Lugar de sensibilidade e o Lugar de oportunidade dos (as) autores (as) Michel Batista Silva, Sérgio Rodrigues de Santana e Maytê Luanna Dias de Melo Foto 02),  com  ancoragens  na análise do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) na perspectiva das facetas Drag e DJ. O discurso do sujeito coletivo também pode se figurar a manifestação do pensamento de um sujeito coletivo, arquitetado através da análise do (a) pesquisador (a) (ALMEIDA , 2005; SILVA, AQUINO, 2013; SILVA, SILVA JÚNIOR, 2013).

No contexto da pandemia ocasionada por uma doença respiratória contagiosa, letal, a COVID-19 (Corona Virus Disease 19), causada por um novo coronavírus (SarsCov2) acentuaram-se as problemáticas já enraizadas no preconceito e na discriminação no âmbito da comunidade LGBTQIA+.

Merece destaque, o difícil acesso à saúde, à proteção, à segurança, e à informação, especialmente à informação gênero-sexualidade, que são os conteúdos informacionais que promovem o fechamento dos estados anômalos do conhecimento, com o potencial de promover a ressignificação e harmonização dos corpos e psiques quanto à orientação sexual, a identidade sexual e de gênero que se distanciam do binarismo imposto.  Pautando-se nesta lógica, compreende-se que a dimensão da informação gênero-sexualidade se destaca por duas possibilidades: a) os conteúdos informacionais/comunicacionais  oficiais produzidos e disseminados pelas redes LGBTQIA+  que são constituídas por Ongs, centro culturais LGBTQIA+,  paradas do orgulho LGBTQIA+, casas de acolhimentos LGBTQIA+, Mães pela diversidade, mecanismos jurídicos, alas de presídio destinadas às travestis, entre outras, e  b) os conteúdos informacionais científicos produzidos e disseminados –  que também orientam,  pois agregam aos conteúdos informacionais/comunicacionais – mas,  que essencialmente  visibilizam a comunidade LGBTQIA+ positivamente.

Devido o distanciamento social, isolamento domiciliar e/ou quarentena de natureza compulsória, as expressões artísticas LGBTQIA+ também são afetadas, especialmente, a arte Drag e DJ, que muitas vezes constitui duas facetas de uma mesma atividade artística profissional.

A arte transformista é compreendida como atividade na qual o sujeito se veste com roupas e usam acessórios usualmente próprios do sexo feminino. No caso das Drag Queens com o objetivo essencialmente artístico e comercial, em que muitas vezes o luxo, glamour, a irreverência e cunho político são as forças dessa expressão artística LGBTQIA+. Por outro lado, para Lernero (2017) a atividade de DJ se figura na atuação de um (a) artista que constroem playlists de diferentes composições, às vezes produzidas em tempo real para tocar visando um público específico (ou não), outras vezes gravadas previamente e disponibilizadas em plataformas digitais como o SoundCloud. Essas playlists se configuram uma das ferramentas de promoção do trabalho, popularmente intituladas de setmix.

Estas facetas artísticas LGBTQIA+ como uma expressão cultural da comunidade LGBTQIA+ muitas vezes se configuram na única renda, de uma parte considerável, dos sujeitos LGBTQA+, que para pôr em prática por meio de suas performances, faz-se necessário espaços como as casas de show, disco clubes, raves (pool parties), bares, saunas, paradas de orgulho LGBTQIA+, Bdays, formaturas, casamentos, confraternizações e/ou outros eventos.

A Jully Mermaid (Foto 04), por exemplo, é uma construção do ator transformista Amundsen Spencer Júnior (Foto 01), ela é a Drag e DJ oficial da parada LGBTQIA+ de João Pessoa e artista residente no Donana Pub – JP. Ela tem atuado há mais de 20 anos nos contextos artísticos LGBTQIA+ paraibanos e também em estados vizinhos e seu discurso será parte constituinte deste ensaio.

Com a ascensão das lives nos aplicativos de interação social, Jully Mermaid proferiu uma palestra dia 28 de julho de 2020, mediada pelo Me. em Ciência da Informação Michel Batista Silva, intitulada ‘A CENA DRAG & DJ NO CONTEXTO DA PANDEMIA: lugar de fala, informação e coletividade’. Essa live foi transmitida pelo aplicativo pessoal Instagram da Drag DJ, teve duração de 44 minutos e uma média de 346 visualizações até o fechamento deste texto.

Portanto, Mermaid insere-se no contexto social, artístico e cultural tratado neste texto e também no perfil inerente à live apresentada, ou seja, tem o lugar de fala, e, portanto, está inserida na lógica de sujeito de discurso coletivo. Conforme Silva e Silva Júnior (2013), essa lógica proporciona condições para conferir como uma comunidade e/ou um grupo em lugar de subalternidade, marginalizado socialmente e que tem fala negada para reivindicar seus direitos, lutar pela igualdade, evocar sua memória, fortalecer identidade.

O lugar de fala está fincado na lógica em que alguém se mobiliza através da língua, das ações, da memória, da identidade a partir de suas referências internas através da subjetividade que, inclusive, muitas vezes é marcada pelo preconceito e discriminação (RIBEIRO, 2017; SAMPAIO, LIMA, 2018). Deste modo, Mermaid através de sua fala pode visualizar as problemáticas pandêmicas encontradas por este corpo e psique Drag e DJ.

 No âmbito da língua, ações, memória, identidade que também compõe a cultura LGBTQIA+ paraibana, as contribuições de Jully Mermaid para esta comunidade têm fertilizado o cenário Drag pessoense, no qual se percebe um número expressivo de personalidades que a citam como referência, às vezes como Drag, outras como DJ. Isso ocorre, sobretudo, devido as suas contribuições que têm por base a tríade artístico-político-social em si, promovendo assim mudanças da postura social quanto ao respeito da sociedade geral, principalmente à estética Drag, e o despertar desta estética pelos sujeitos na cultura LGBTQIA+, uma vez que a Mermaid promove discursos e ações para tal (SANTANA, 2017).

Para Mermaid (2020) todos os sujeitos LGBTQIA+ são vítimas do preconceito e discriminação apenas por serem quem são e por ocuparem posições de destaque nas esferas sociais, tanto no contexto social amplo, ao qual as pessoas não LGBTQIA+ fazem questão de expressar sua opinião nefasta e desnecessária, quanto à essência LGBTQIA+ de tal maneira no âmbito da comunidade LGBTQIA+ pelos diferentes corpos e psiques, ou seja, por ser “afeminada, por ser Drag, por ser trans, seja homem trans e/ou mulher trans”. Apesar do interpreconceito e interdiscriminação, para Jully Mermaid no âmbito artístico a relação entre as artistas mulheres trans LGBTQIA+ e as Drags é possível e tranquila e que o Movimento do Espírito Lilás (MEL) e os demais movimentos LGBTQIA+ reconhecem e visibilizam a cultura Drag em suas agendas e pautas.  Destaca-se a relação de Drag Queens e as mulheres trans, pois, são dois grupos que que sentem as implicações do preconceito e a discriminação com mais força ao expressar a feminilidade, o que inclui também o grupo das travestis, o que denota que a figura do feminino e/ou da mulher é sempre desvalorizada. 

Através de Mermaid é possível visualizar que a comunidade LGBTQIA+ é composta por diversos grupos, perfis e amplitude espectral, essa última se refere aos sujeitos que não se encaixam e, nem precisam inserir-se em grupos e/ou perfis. Assim, os diversos corpos e psiques em certos momentos causam estranhezas e distanciamento nas relações a) sentimental/afetiva/emocional na extensão social; b) sentimental/afetiva/emocional na extensão romântica; c) emocional/estética/sensual na extensão sexual e d) financeira/econômica que podem potencializar a extensão social, romântica e sexual no âmbito específico (SANTANA, ALVES, 2019).

Mermaid também se debruçou sobre o fenômeno Pink Money e os (as) políticos (as) partidários (as) e artistas que não são LGBTQIA+. O Pink Money é um fenômeno que traz em seu conceito os aspectos da comercialização, poder de compra e influência da comunidade LGBTQIA+, fatores que estimulam o olhar externo tanto destes políticos (as) como também dos (as) artistas que não são LGBTQIA+, mas, que buscam neste domínio econômico e influente o lucro (ALVES, 2019; GALVÃO, 2020).

Quando se destacam estes (as) sujeitos e suas intenções, por consequência, significa destacar que eles e elas não estão tendo empatia ou lugar de sensibilidade pela comunidade LGBTQIA+, pois não são sensíveis às suas causas, como essência do lugar se sensibilidade, segundo Aquino (2012). Estes mesmos (as) também não estão no lugar de oportunidade ou inseridos efetivamente no contexto LGBTQIA+, que se figura aqueles (as) sujeitos que procuram aprender sobre a cultura, memória e identidade LGBTQIA+ para entender sobre a homossexualidade e suas complexidades e descontruir os aspectos reducionistas e estigmas culturalmente construídos. Deste modo, estes (as) políticos (as) e artistas que não são LGBTQIA+ estão usurpando um lugar que, de fato, não é deles (as), ou seja, situam-se no lugar de oportunismo no qual os objetivos relacionam-se à obtenção de proveitos econômicos e de influência da comunidade LGBTQIA+, o que inclui a política partidária de esquerda, em que as pautas LGBTQIA+ foram poucas incorporadas.

Jully Mermaid (2020) também afirma que o Pink Money pode ser concebido também por sujeitos LGBQIA+, quando estes não se associam ao Lugar de oportunismo, mas ao lugar de privilégio, que é uma condição em que um sujeito não sofre repressão, opressão, violência, assédio, falta de oportunidade por sua existencialidade, e não faz parte de uma identidade padrão. Essa condição, muitas vezes, favorece artistas não LGBTQIA+, em contrapartida, desprestigia os (as) artistas LGBTQIA+, ascendendo às discussões de visibilidade e oportunidade de emprego e renda associadas ao campo artístico na/da comunidade LGBTQIA+.

No âmbito nacional da cultura Drag, Jully Mermaid menciona Pablo Vittar como um agente social LGBTQIA+ que promove a atualização da cultura pertencente a este nicho, sobretudo, por ser uma figura de relevância, na cultura Drag quanto à evidência pelo seu (re) conhecimento. Considerando a evidência, quanto à exposição da estética de forma positiva de um Drag de nível nacional e internacional; o conhecimento, referindo-se ao aumento de buscas por informações, no fluxo da informação gênero-sexualidade no intuito de entender como é esse universo Drag, e; o reconhecimento, quanto ao interesse das pessoas pelo universo das Drags Queens

Para Jully Mermaid (2020) há preconceitos quanto à arte Drag tanto na comunidade LGBTQIA+ quanto fora dela, mas a artista acredita que o respeito é a base da relação humana, independente da estética que o sujeito apresente, faz-se necessário ser empático com o (a) outro (a) sujeito, e utiliza a provérbio bíblico “amai-vos uns aos outros” para acentuar essa lógica do amor recíproco que tem se tornado líquido no âmbito das relações humanas.

Ela afirmou que estar sozinha (a) no contexto da pandemia quanto ao distanciamento social, isolamento domiciliar e/ou quarentena é tanto complicado quanto complexo em várias esferas. No âmbito econômico, fora problemático, Mermaid destacou o cancelamento de suas performances que estavam agendadas para os meses de picos da evolução da pandemia, assim sendo, estes cancelamentos afetaram diretamente sua renda mensal, o que possivelmente está ocorrendo com demais profissionais, especialmente, DJs.

Estão acontecendo discotecagens on-line de forma voluntária, ou seja, sem cachê, às vezes apenas com uma pequena ajuda de custo, essas lives são organizadas por grupos que visualizaram a saúde mental da população LGBTQIA+ que está em casa confinada. Desta maneira, ainda que se confirme uma crise na cena eletrônica segundo Ornelas, Passaes e Brugger (2020), as lives configuram uma estratégia para manter a saúde mental de quem as promove e visualiza, bem como, aproximar os fãs de seus artistas.

No âmbito dos sentimentos, emoções e afetos – nesta tríade que continua na esfera da psique – tem sido uma tarefa muito difícil manter-se em isolamento, pois a comunidade LGBTQIA+ tem uma necessidade de encontros e de relações mais próximos quanto ao toque e ao carinho, seja no âmbito das amizades ou do carinho dos públicos nas performances de Drag e DJ, especialmente na vida noturna, segundo Mermaid (2020). No entanto, no retorno de suas atividades esse grupo terá um caminho inverso, para as psicólogas Cardoso e Gouveia (2020), diferentes de outros sujeitos que se encontram em lugar de privilégio, ao voltar para rua, após o término da pandemia, LGBTQIA+ enfrentarão o vírus do preconceito e da discriminação que os colocara em lugar de isolamento e afastamento social mesmo antes do novo coronavírus chegar.

No âmbito das questões práticas cotidianas, o rompimento episódico com o distanciamento social, isolamento domiciliar e/ou quarentena, para resolver questões, como ir ao supermercado, pode ser fatal, pois uma vez que contaminado (a) a situação dos sujeitos que residem sozinhos se agravam – uma vez que na pandemia a orientação sobre a manutenção da vida, deveria ser atribuído a um responsável familiar que não estivesse no grupo de risco. Assim, comportamentos com propensão à neurastenia se instalam, mesmo obedecendo à risca as indicações e os cuidados de higienização determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), devido à condição residir/morar sozinho (a), contaminação, cuidados e morte.

Diante do exposto vivenciado pelos reflexos da pandemia, no âmbito das pessoas, Mermaid revelou que focou no papel da rede LGBTQIA+ pessoense, pela qual ela também foi atendida. No âmbito da Paraíba e João pessoa essa rede é composta pelo Movimento Espírito Lilás (Mel), Grupo de Mulheres Maria Quitéria (GMMQ), Associação de Travestis e Transexuais da Paraíba (ASTRAPA), Grupo Diversidades, Movimento dos (as) bissexuais (MOVBI), Coletivo de Homens Trans da Paraíba (PETRIS), entre outras.

Para a Drag & DJ a rede LGBTQIA+ é bem articulada, e tenta atender a todes que chegam ao seu conhecimento, e que os ‘nós’ dessa rede estão na disseminação e democratização da informação gênero-sexualidade, que são os conteúdos e assuntos de interesses dos sujeitos LGBTQIA+; o acolhimento, que inclui os serviços de saúde mental e física, e questões básicas de alimentação, que, inclusive, são urgentes. Quanto a esta questão, ela destacou a articulação da rede nas campanhas de arrecadação de alimentos, bem como, sua distribuição para os sujeitos LGBTQIA+ que, normalmente, já são mais vulneráveis economicamente por viverem sozinhos (as), e/ou por que muitos (as) tinham as ruas como contexto de trabalho, como os (as) profissionais do sexo.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Carlos Cândido de. Discurso do sujeito coletivo: reconstruindo a fala do “social”. In: VALENTIM, Marta Lígia Pomim (Org.). Métodos qualitativos de

pesquisa em Ciência da Informação. São Paulo: Polis, 2005. Cap. 3, p. 59-79.

ALVES, Mateus Felipe. Olhares cruzados: o Pink Money e o Movimento LGBT.

2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Comunicação Social) – Universidade de Santa Cruz do Sul. Disponível em: https://repositorio.unisc.br/jspui/bitstream/11624/2490/1/Mateus%20Felipe%20Alves.pdf. Acesso em: 20 dez. 2019.

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SILVA, Leyde Klebia Rodrigues da; SILVA JÚNIOR, Jobson Francisco da. Discurso do sujeito coletivo: o modo de ler discursos em pesquisa na Ciência da Informação.In: AQUINO, Mirian de Albuquerque; OLIVEIRA, Henry Poncio Cruz de; LIMA, Izabel França de (org.). Experiências Metodológicas em Ciência da Informação. João Pessoa: Universitária UFPB, 2013. Cap. 10, p. 259-288.

LOURDES RUMANELLY À LUZ DAS ESCRITURAS SAGRADAS, MAS PERDIDA NA ESCURIDÃO DO PRECONCEITO

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Foto 01: Lourdes Rumanelly La Kitsch Oral Fixation/Shakira, 2020.

Por Sérgio Kafé29197295_1393158667456509_7776713454453181222_n

O presente ensaio se configura uma representação fenomenológica da repercussão do caso Lourdes Rumanelly, de modo a se considerar uma nota de repúdio do site Kitsch, e ainda serve para nutrir as psiques de nossos (as) leitores (as) quanto às obscuridades do preconceito e a discriminação presente na fala da protagonista deste ensaio.

O Brasil é feito por mulheres como Pitty, Djamila Ribeiro, Fátima Pereira, Iza, Solange Rocha, Thais Araújo e Manuela d’Ávila, que são ligadas por uma campanha de combate à discriminação e o preconceito. Entretanto, também é feito por mulheres como Regina Duarte, Damares, Sarah Wintter, Flor de Lis, Joice Hasselmann, Rachel Sheherazade, Carla Zambelli, Luisa Nunes, Ana Paula Valadão e Lourdes Rumanelly, mulheres com almas e psiques obscuras ligadas pela mentira (fakenews), ódio, rancor, inveja, corrupção e apatia, com um leve tom de fascismo. Essas mulheres têm contribuído para as rupturas das liberdades individuais e o Estado democrático de direito e com subtração de direitos e vilipêndio sobre vidas e sobre a dignidade individual dos sujeitos e coletiva dos grupos subrepresentados, assim, como Lourdes Rumanelly Mendes dos Reis.

Foto 02: Lourdes Rumanelly, 2020.
Foto 02: Lourdes Rumanelly, 2020.

Assim, essa mulher cis, de 36 anos, professora de Biologia, teóloga, especialista em Ensino Híbrido e Hermenêutica do Novo Testamento pelo Instituto Bíblico Betel Brasileiro (Lattes não localizado),  ‘13’ anos de magistério, integrando os quadros funcionais de duas escolas particulares da cidade de João Pessoa, em julho de 2020  provou o fel amargo do cancelamento na internet em repostas às suas estratégias de doutrinação violenta.

                                Galeria 1

Ela vinha discutindo em sua série intitulada The Mind  (Galeria 1) as temáticas biológicas sob a perspectiva da religião cristã (FOLHA PATOENSE, 2020) por meio de lives em uma de contas Instagram, visto que tem duas contas a @profa.rumanellyreis de trabalho, e @lourdesrumanelly o perfil pessoal. As abordagens que Reis vinha trabalhando  são bastantes interessantes e tem sim seus valores, mas, uma coisa é certa, é preciso muita sapiência para saber construir um elo de argumentação sobre às duas perspectivas para não cair em uma esparrela, ou dá um tiro no pé.

Pois bem! Foi o que aconteceu na sua live do 1º de julho de 2020 no 4 º episódio  (Galeria 1). Sem agudeza para dá conta da ousadia, a professora acabou “pecando” ao definir em sua  intelectualidade de almanaque e enciclopédico que os sujeitos LGBTQIA+, especialmente, os sujeitos transexuais são pecadores (as), aberrações e pervertidas. A pobrezinha se prendeu ao inatismo, e,  especialmente ao  fixismo  das  primeiras imagens  e simbólicas/estéticas do conceito de sexualidade humana,  tadinha.  Assim,   ela  o fez sem considerar a ética, empatia, e o fato de que a homossexualidade foi retirada da lista de doenças e desvio psicológico pela OMS há mais de 30 anos que o ‘termo’  homossexualismo foi abolido devido a sua estigmatização e sendo substituído pela ‘terminologia’ Homossexualidade. Sua opinião preconceituosa, ao qual ela deveria ter guardado para ela ou falado  apenas  para seus pares de cosmovisão, foi baseada em um conceito de Michael Warner em 1991, sobre a heteronormatividade, como ponto de apoio para desconstruir a homossexualidade (BASTOS, 2020).

O episódio da série The Mind (Galeria 1, Vídeo 1) virilizou quando um (a) estudante denunciou a professora no dia 8 de julho 2020, no seu Twitter (2020):

                        Vídeo 1 EP4 - Completo

https://www.instagram.com/tv/CCHm91mJhR-/?utm_source=ig_web_copy_link

“esse é um pedacinho da live da minha professora de biologia, onde ela VOMITA intolerância e homofobia. Denunciei a live no instagram por discurso de ódio mas não fizeram nada. Isso não pode ficar impune, temos que denunciar!!!!!!!!!!!”

O viral que foi de forma negativa para a professora, como o coronavírus que naquela época provocara 92.568 óbitos registrados no Brasil (G1, 2020). O episódio foi publicado por dezenas de sites de todo Brasil, até o site Põe na Roda um dos mais importantes e relevantes de nível  nacional que trabalha com a disseminação da informação gênero-sexualidade (MARTÍNEZ-ÁVILA, LUVIZOTTO, BRITO, SILVA, 2020).

Ou seja, Reis caiu em infortúnio, e neste momento ela deve  vivenciar  o ‘inferno’ na terra, recolhendo ‘maçãs’ podres do chão do ‘paraíso’ do criacionismo. Com base na quantidade de sites que disseminaram o fato, em tese deve está sendo um desastre, e marcará a vida desta ‘criatura’. Se ela fosse um pouquinho humilde iria aproveitar o episódio para crescer como pessoa,  pois  às vezes apenas precisamos de um episódio desses para reavaliarmos nossas posturas egocêntricas. Porém, tudo leva a crer que isso não ocorrerá, para ela fora tudo ‘hermenêutica’ mal conduzida:

Ao contrário dos comentários desencadeados nas mais diversas redes sociais, destaco que em nenhuma das minhas falas houve incitação ao ódio, à violência, à ofensa ou à depreciação dirigidas a qualquer ser humano […]. (REIS, 2020).

Foto 03: Gênero e diversidade sexual: um glossário”, um dos produtos do Projeto “Iguais porque Diferentes”, desenvolvido por docentes do NIPAM/CE/UFPB e colaboradores(as), 2008.

Logo o seu discurso ceivado de ódio e reducionista como os discursos científicos do período pré-científico ter virilizado,  os efeitos foram revoltas, raiva, ódio, e principalmente vergonha para o povo paraibano (a), para professores (as), educadores (as), e a comunidade científica UFPB, uma vez que ela se graduou na instituição. Inclusive dia 11 de julho de 2020 o Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Ação sobre Mulher e Relações de Sexo e Gênero (NIPAM) do Centro de Educação Universidade Federal da Paraíba se manifestou contra Reis de ter desclassificado o volume intitulado “Gênero e diversidade sexual: um glossário” (Foto 03), um dos produtos do Projeto “Iguais porque Diferentes”, desenvolvido por docentes do NIPAM/CE/UFPB e colaboradores(as), em 2008 com financiamento do Governo Federal por ter sido selecionado por edital lançado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) do Ministério da Educação (MEC), no âmbito das ações relativas ao Plano Nacional de Políticas para as Mulheres e ao Programa Brasil Sem Homofobia (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, 2020).

Um dos trechos da live que mais tem circulado nas redes sociais é o fragmento que chama atenção para as “práticas sexuais não reprodutivas”, ao qual ela leva a fogo e a ferro a lógica nascer, crescer, multiplicar e morrer, nos igualando as bactérias e/ou vírus. Pois, um dos fatores que nos distancia de outras espécies, e nossa capacidade cognitiva, essa construída  através da percepção e da sensação. A percepção é a interpretação simbólica de dados colhidos das impressões pelas vias das sensações,  a percepção considera as experiências simbólicas   do sujeito. Enquanto a sensação que também marca a existência das outras espécies, diz acerca dos apenas dados colhidos pelos sentidos sem  interpretação simbólica (ARAÚJO, 2014). Assim, entre nascer, crescer, multiplicar e morrer há muitas mais fenômenos  que a ‘inocência’ de Rumanelly se quer desconfia, sendo algumas  delas  a empatia (compaixão), a ética, a dororidade, sororidade, o cuidado solidário e das diferenças, como também o amor, o amor pelo próximo, próxima e próximxs. Na Bíblia há histórias de amor e no cotidiano LGBTQIA+ também.

Não se trata de desclassificar nenhum trecho, passagem e/ou fragmento ipsis litteris da Bíblia como é visto nos desatinos de ‘Cristofobia’ da vereadora Eliza Virgínia (PP) da Paraíba que no dia 22 de julho de 2020 saiu em defesa da professora Rumanelly, a sua igual. (PARLAMENTO PB, 2020). A ‘epistemologia bíblica’ é importante para muitos sujeitos, as crenças e as religiões são contextos de confortos e direcionas muitas vidas e destinos das pessoas de forma positiva para o cominho do bem da empatia e da ética, inclusive dos sujeitos LGBTQIA+ que acreditam na figura Divina. Os sujeitos que não acreditam na ‘epistemologia bíblica’, tem o direito para tal, é genuíno também, pois nas letras bíblicas foi dada ao sujeito o livre arbítrio, somo livres até para visualizar a crença que nos mais acolhe e nos conforta. O colunista Vavá da Luz (2020) sobre o episódio, destacando o cabresto religioso dos tempos antigos que prevalece ainda na pós-modernidade, que vem tomando de forma vil os espaços e as pisques dos sujeitos que frequentam as igrejas que pregam mais o fundamentalismo do que o amor. Ele destaca as religiões visualizando com finalidade exclusiva de manter esse cabresto, e que as ‘criaturas’ hipócritas se submetem, cegas à razão que não convergem com os ensinamentos de Deus, que Ele é amor e nunca censor, não proíbe a liberdade de cada um (a), o direito de ir e vir, e administrar seus corpos (LUZ, 2020).

Porém, quando qualquer discurso bíblico se torna uma questão moral do sujeito branco, homem, cisgênero, heterossexual, afins e como uma ação feita em nome de um (a) Divino (a) para humilhar, ferir e criminar qualquer criatura, ele perde legitimidade.

                               Galeria 02

O discurso da professora é convergente à sua vida íntima e política partidária, ela é eleitora de Bolsonaro (Galeria 2) e  também visibiliza  postagens de figuras como Sikera Junior, o que nos fornece indícios da psique de uma pessoa que pode ser  perversa ou ingênua. Não se sabe qual a faceta que permeia a mentalidade desta moça de epiderme tão bonita, porem embranquecida nas redes sociais. Contudo, é óbvio que ela não se coloca no lugar de fala (SPIVAK, 1983; RIBEIRO, 2019) como uma mulher no fluxo do machismo e  sexismo  promovidos  por Bolsonaro direcionados às mulheres.  E muito menos se põe no lugar de sensibilidade (AQUINO, 2012), nem pela empatia e nem pela ética quando visualiza a população LGBTQIA+ e outras comunidades subrepresentadas, como a população negra, ambos marginalizam por seu presidente genocida. Em suma, é preciso se amar para amar o outro, outra, outrxs.

Talvez ela tenha acreditado que sua simplória e obscura  opinião seria validada, por se sentir confortável por está em um momento também obscuro em que o ódio direcionado às comunidades subrepresentadas tem sido validade pelo presidente e seus (suas) sinistros (as).

É claro que a comunidade LGBTQIA+ paraibana e pessoense ao tomar ciência do fato, logo em seguida acionou a sua rede, assim havendo um movimento de expedições de notas de repúdios pelas instituições e sujeitos LGBTQIA+ e com a entrada de um processo formal na justiça.

A Defensoria Pública do Estado da Paraíba, por meio da Coordenadoria de Diversidade Sexual e Direitos Homoafetivos (DPE), recomendou à professora Lourdes Rumanelly Mendes dos Reis a expedição de uma nota de retratação com pedido de desculpas à população LGBTQIA+, uma vez que Reis tenha desrespeitado os mecanismos jurídicos que protegem a população LGBTQIA+. Além de um pedido de desculpas, e com recomendou-se à professora que ela reconhece a importância e legitimidade do movimento LGBTQIA+. A DPE também recomendou que Reis venha ministrar palestras em escolas públicas de João Pessoa ou outro local a ser determinado pelo movimento LGBTQIA+ (CLARO, 2020). Então dia 10 de julho na ela uma nota de esclarecimento na conta Instagram @profa.rumanellyreis, Reis argumentou:

Eu, Lourdes Rumanelly Mendes dos Reis, graduada em Ciências Biológicas, pela Universidade Federal da Paraíba, e Especialista em Hermenêutica do Novo Testamento, pelo Instituto Bíblico Betel Brasileiro, venho a público prestar esclarecimentos sobre a transmissão ao vivo veiculada em minha conta profissional no Instagram, realizada no último dia 01 de julho, com vistas a elucidar eventuais questionamentos acerca da minha conduta ético-pedagógica diante das Instituições de Ensino em que leciono a disciplina de Biologia.

No dia 10 de junho do corrente ano, dei inicio, em minha conta profissional no Instagram, a uma serie de lives chamadas The Mind, que tinham como objetivo expor temas da Biologia, área de minha formação e exercício profissional, à luz das Escrituras Sagradas, área em que sou especialista, demonstrando, assim, como fé e ciência dialogam, revelando a mente de Deus acerca de quatro temas expostos semanalmente, a saber: Origem do universo e origem da vida; Criacionismo cientifico x Evolucionismo; Vida x aborto e Determinação Genética do Sexo.

Ressalto que todas as transmissões concentraram-se em abordar temas pertencentes às minhas áreas de atuação profissional, estando excluídas, portanto, análise psicológica, sociológica e antropológica, o que foi reiteradamente, dito por mim no curso das explanações. O único intuito da live era tão somente expor o que as Ciências Naturais dizem acerca da constituição do sexo do individuo, endossando o que a Bíblia também relata sobre o tema.

Ao contrário dos comentários desencadeados nas mais diversas redes sociais, destaco que em nenhuma das minhas falas houve incitação ao ódio, à violência, à ofensa ou à depreciação dirigidas a qualquer ser humano, o que se compatibiliza com a minha postura profissional ao longo dos 13 (treze) anos de exercício do magistério.

Destaco, ainda, que as lives originaram-se de iniciativa particular, sendo de produção totalmente independente das Instituições de Ensino para as quais trabalho, as quais não foram mencionadas verbal. visual, direta ou indiretamente.

Por fim, nenhum dos conteúdos expostos por mim dissentem do pensamento cientifico no campo das ciências biológicas, nem objetivam desrespeitar membros da comunidade LGBTQI+, os quais tem direito à vida, à preservação da dignidade da pessoa humana, à liberdade de expressão, à liberdade religiosa, sendo amados pelo Deus Criador, assim como eu o sou.

Atenciosamente,

Lourdes Rumanelly Mendes dos Reis

Contudo, as notas de repúdios ainda foram expedidas pela rede LGBTQIA+, como a Nota de repúdio da Aliança Nacional LGBTI+ no 10 de Julho de 2020; a Nota de repúdio do Conselho Técnico-Científico (CTC) Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Ação sobre Mulher e Relações de Sexo e Gênero (NIPAM) Centro de Educação Universidade Federal da Paraíba dia 11 de julho de 2020; Nota de repúdio do Movimento do Espírito Lilás (MEL) no dia 12 de julho de 2020; Nota de repúdio do Grupo de Mulheres Lésbicas e Bissexuais Maria Quitéria, dia 13 de julho de 2020; Nota de repúdio do Grupo Diversidades dia 13 de julho de 2020; Nota de repúdio da Associação de Mulheres Travestis e Transexuais Transfeministas da Paraíba (ASTRAPA) de João Pessoa, que expressou “por qualquer ato que venha a desrespeitar e/ ou tentar depreciar as mais variadas maneiras de vivência e expressão do gênero e da sexualidade de cada um/a. Lutamos por igualdade de gênero e por uma sociedade mais equânime.” (PARLAMENTO PB, 2020).

A diversidade religiosa é importante, porém nenhum delas deve ser imposta à fórceps, pois as pessoas têm o direito de escolha, inclusive o direito de não escolher nenhuma, isso é livre arbítrio. Se alguns sujeitos situados (as) nos contextos de crenças religiosas  trabalhassem pela ótica da empatia construtiva e ativa, as contribuições seriam muito mais significativas para  a construção da harmonia social. Mas, o que se percebe é que nestes contextos há muito sujeitos fundamentalistas que usam Bíblia e seus ensinamentos como armamentos bélicos. O Brasil tem vivenciado a pobreza, fome, violência, analfabetismo, corrupção, ao qual todas essas variáveis têm se contornado com o governo Bolsonaro e seus (suas) sinistros (as).  Neste governo, o fundamentalismo que vinha se instalando timidamente, nos últimos dois anos vem tomando corpo e incentivando ‘criaturas’  a vomitar  suas frustrações  por odiar  a si mesmo ,  o mundo e a diversidades criadas por Deus. 

Todo mundo tem o direito a sua intimidade, o preconceito deve ficar na instância íntima, na zona sombria das psiques destes sujeitos  com dois  superegos operando. É o que deveria ter feio essa (des)educadora  desumana,  pois mesmo com  contornos definidos do  fundamentalismo, no estado brasileiro as  redes  LGBTQIA+   são os símbolos práticos da resistência,  e agora mais do que nunca vigilantes e operantes. Evangelizar (doutrinar)  através dos discursos  violentos e invasivos somente causam confusão e destruição, é um perigo, ninguém sai ganhado. É preciso manter a natureza laica do Estado. É preciso manter a diversidade gênero-sexualidade. É preciso buscar ajuda psicológica.

Referências

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Foto  e informações sobre  Lourdes Rumanelly Mendes dos  Reis. Professora que chamou gays de pervertidos e aberrações é orientada pela DPE a se retratar. Parlamento PB, João Pessoa, 10 jul. 2020.Disponível em: https://parlamentopb.com.br/professora-que-chamou-gays-de-pecado-e-aberracao-e-orientada-pela-dpe-a-se-retratar/ –. Acesso em: 04 set. 2020.

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REIS, Lourdes Rumanelly Mendes dos. Fotos de Lourdes Rumanelly. Instagram, João Pessoa. Disponível em: https://instagram.com/profa.rumanellyreis?igshid=2s40j8qh3apt. Acesso em: 29 ago. 2020.

RENAN. esse é um pedacinho da live da minha professora de biologia, onde ela VOMITA… Twitter,João Pessoa, 11 jul. 2020. Disponível em: https://twitter.com/biscateiraa/status/1280956935769075713. Acesso em: 04 set. 2020.

RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala?. Belo Horizonte: Letramento, 2017. 112 p.Horiz. antropol., Porto Alegre, ano 25, n. 54, p. 361-366, maio/ago. 2019.Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-71832019000200361. Acesso em: 20 dez. 2019.

SANTANA,  Sérgio Rodrigues de  et al. ENTRE ÁTOMOS, CÉLULAS E BITS: CONSIDERAÇÕES EPISTÊMICAS ACERCA DA INTERDISCIPLINARIDADE DO DADO NA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO. In: COSTA, Levi Cadmiel Amaral da; GUIMARÃES, Ítalo José Bastos; SANTANA, Sérgio Rodrigues de; CAMPOS, Arthur Ferreira (org.). Dados científicos: estudos práticos, teóricos e epistêmicos. João Pessoa: Ideia, 2020. Cap. 1, p. 9-31. Disponível em: https://www.ideiaeditora.com.br/produto/dados-cientificos-estudos-praticos-teoricos-e-epistemicos/Acesso em: 04 set. 2020.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

Universidade Federal da Paraíba. NOTAS DE APOIO do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Ação sobre Mulher e Relações de Sexo e Gênero (NIPAM/UFPB). UFPB, João Pessoa, 11 de jul. 2020.Disponível em: https://www.ufpb.br/nipam/contents/documentos/NotaNipamCasoRumanelly_FINAL.pdf. Acesso em: 04 set. 2020.

Referências para se aprofundar

Professora de JP vira alvo da polícia e da DPE suspeita de homofobiahttps://portalcorreio.com.br/professora-de-jp-vira-alvo-da-policia-e-da-dpe-suspeita-de-homofobia/

Polícia inicia inquérito que investiga professora suspeita de homofobiahttps://portalcorreio.com.br/policia-inicia-inquerito-que-investiga-professora-suspeita-de-homofobia/

Professora que fez live LGBTfóbica é indiciada pela polícia da Paraíbahttps://poenaroda.com.br/diversidade/close-certo/professora-que-fez-live-lgbtfobica-e-indiciada-pela-policia-da-paraiba/

 Professora de biologia choca ao vomitar LGBTfobia em live: “Vão acabar com a raça humana!”https://www.jornaldaparaiba.com.br/vida_urbana/professora-vira-alvo-de-investigacao-por-lgbtfobia-apos-declaracoes-em-rede-social.html

DPE-PB e Aliança Nacional LGBTI+ entram com representação criminal contra professorahttps://defensoria.pb.def.br/noticias.php?idcat=1&id=2423

Mel emite nota de repúdio à professora de biologia de JP por homofobia em livehttps://www.brasildefatopb.com.br/2020/07/13/mel-emite-nota-de-repudio-a-professora-de-biologia-de-jp-por-homofobia-em-live

O OUTRO LADO: Professora acusada de homofobia emite nota e afirma que não quis desrespeitar comunidade LGBTQI+https://www.polemicaparaiba.com.br/polemicas/o-outro-lado-professora-acusada-de-homofobia-emite-nota-e-afirma-que-nao-quis-desrespeitar-comunidade-lgbtqi-saiba-mais/

Entidade nacional denuncia ao MPPB professora de JP por homofobia em live; veja trechos do documento https://paraibaja.com.br/entidade-nacional-denuncia-ao-mppb-professora-de-jp-por-homofobia-em-live-veja-trechos-do-documento/

Acusada de homofobia na internet, professora recebe Voto de Solidariedade na CMJP https://paraiba.com.br/2020/07/22/acusada-de-homofobia-na-internet-professora-recebe-voto-de-solidariedade-na-cmjp/

Jornal da Estrutural DF https://www.facebook.com/713361678708619/posts/3438320859546007/

Professora que associou gays a perversão é processada por “homotransfobia”https://parlamentopb.com.br/professora-que-associou-gays-a-perversao-e-processada-por-homotransfobia/

Defensoria Pública da PB entra com representação criminal contra professora por LGBTfobiahttps://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2020/07/16/defensoria-publica-da-pb-entra-com-representacao-criminal-contra-professora-por-lgbtfobia.ghtml

PB: DPE recomenda à professora que utilizou palavras de motivação homofóbica em live que se retratehttps://www.anadep.org.br/wtk/pagina/materia?id=45018

Defensoria pede retratação de professora acusada de fala homofóbica em livehttps://wscom.com.br/defensoria-pede-retratacao-de-professora-acusada-de-fala-homofobica-em-live/

Professora cristã é denunciada pela OAB por dizer que homossexualidade é “pecado”https://folhagospel.com/professora-crista-e-denunciada-pela-oab-por-dizer-que-homossexualidade-e-pecado/

Professora cristã é investigada por dizer que homossexualidade é `pecado´, na Paraíba http://www.cpadnews.com.br/universo-cristao/50934/professora-crista-e-investigada-por-dizer-que-homossexualidade-e-pecado-na-paraiba.html

Professora é investigada por dizer que homossexualidade é pecado https://radio93.com.br/noticias/giro-cristao/professora-e-investigada-por-dizer-que-homossexualidade-e-pecado/

Homofobia, cabresto religioso e castigo ( Por Gil Sabino)https://blogdovavadaluz.com/colunista/homofobia-cabresto-religioso-e-castigo-por-gil-sabino

Professora cristã é investigada por dizer que homossexualidade é “pecado”, na Paraíbahttp://www.atrombetanews.com.br/2020/07/16/professora-crista-e-investigada-por-dizer-que-homossexualidade-e-pecado-na-paraiba/

Defensoria Pública da PB entra com representação criminal contra professora por LGBTfobiahttps://portaldobrejo.com.br/defensoria-publica-da-pb-entra-com-representacao-criminal-contra-professora-por-lgbtfobia/

Professora evangélica é investigada por dizer em live que homossexualidade é pecado https://br.pinterest.com/pin/599612137879986966/

NOTA OFICIAL DA ALIANÇA NACIONAL LGBTI+ DE REPÚDIO E PEDIDO DE TOMADA DE PROVIDÊNCIAS E RETRATAÇÃO CONTRA A PROFESSORA RUMANELLY REIShttps://aliancalgbti.org.br/2020/07/14/nota-oficial-da-alianca-nacional-lgbti-de-repudio-e-pedido-de-tomada-de-providencias-e-retratacao-contra-a-professora-rumanelly-reis/

Bióloga cristã é alvo de denúncia da OAB por dizer que homossexualidade é pecadohttps://www.gazetams.com.br/noticia/5863/biologa-crista-e-alvo-de-denuncia-da-oab-por-dizer-que-homossexualidade-e-pecado

Bióloga cristã é alvo de denúncia da OAB por dizer que homossexualidade é pecadohttps://noticias.gospelmais.com.br/tag/lourdes-rumanelly-mendes-dos-reis

Bióloga cristã é alvo de denúncia da OAB por dizer que: “homossexualidade é aberração e pecado” https://vozdabahia.com.br/tag/lourdes-rumanelly-mendes-dos-reis/

Professora cristã é investigada por dizer que homossexualidade é “pecado”https://overbo.news/assista-professora-crista-e-investigada-por-dizer-que-homossexualidade-e-pecado/

Paraíba: Entidades LGBTQIA+ se posicionam contra professora acusada de homofobiahttp://www.folhadapb.com.br/noticia/paraiba/2020/07/13/paraiba-entidades-lgbtqia-se-posicionam-contra-professora-acusada-de-homofobia/7361.html

PROFESSORA DE JP VIRA ALVO DA POLÍCIA E DA DPE SUSPEITA DE HOMOFOBIAhttps://paraibaurgente.com.br/professora-de-jp-vira-alvo-da-policia-e-da-dpe-suspeita-de-homofobia/

Comissão da OAB-PB protocola denúncia e professora é investigada por LGBTfobiahttp://caririligado.com.br/comissao-da-oab-pb-protocola-denuncia-e-professora-e-investigada-por-lgbtfobia/

Professora e teóloga é denunciada por declarações preconceituosas durante live em João Pessoahttps://www.pbhoje.com.br/noticias/82544/professora-e-teologa-e-denunciada-por-declaracoes-preconceituosas-durante-live-em-joao-pessoa.html

Professora evangélica é investigada por dizer em live que homossexualidade é pecadohttps://gospelminas.com/professora-evangelica-e-investigada-por-dizer-em-live-que-homossexualidade-e-pecado/

Inquérito investiga professora evangélica suspeita de homofobiahttps://comunhao.com.br/professora-investigada-homossexualidade/

Defensoria recomenda a professora que utilizou palavras de motivação homofóbica em live para que faça uma retrataçãohttps://espacopb.com.br/v/defensoria-recomenda-a-professora-que-utilizou-palavras-de-motivacao-homofobica-em-live-faca-uma-retratacao

DPE-PB e Aliança LGBTI+ entram com representação criminal contra professorahttps://portalcorreio.com.br/dpe-pb-e-alianca-lgbti-entram-com-representacao-criminal-contra-professora/

Professora de João Pessoa vira alvo da polícia e da DPE suspeita de homofobia. Vídeohttp://www.folhapatoense.com/2020/07/10/professora-de-joao-pessoa-vira-alvo-da-policia-e-da-dpe-suspeita-de-homofobia-video/

Professora investigada por dizer que homossexualidade é pecado tem apoio na Câmara da PB http://www.cpadnews.com.br/universo-cristao/51025/professora-investigada-por-dizer-que-homossexualidade-e-pecado-tem-apoio-na-camara-da-pb.html

LEVEZA E INFORMAÇÃO EM ‘O SOM DO K7’: cultura dos anos 90 e 80 com Erik Rizzatto

Foto 1: Erik Rizzatto La Kitsch (Eric , o  cavaleiro  de Caverna do Dragão) – 2020.

Por Sérgio kafe

Graduado em Comunicação Social (Publicidade e Propaganda) com pós-graduação em Marketing, Erik Rizzatto (Foto 02)  é um youtuber, radialista, jornalista, vocalista da banda Jokie, publicitário e corretor de mídia do sistema MPA (Rádios Minas, Nova, 94live, TV Candidés e Look Outdoor) do estado de Minas Gerais.  Assim, esse mineiro de  Divinópolis   com  muitos   talentos é também muito gente fina,  e merece  que seu trabalho seja disseminado e acessado.

Foto 2 Erik Rizzatto, 2020.

Como criador de conteúdo do canal do Youtube  O Som do K7, seu programa homônimo é um mix cultural que agrega música, nostalgia, comportamento e curiosidades que evoca as décadas passadas. Embora, Eric não tenha delimitado quais são as décadas de suas viagens Kitsches, a década de 90 tem sido o foco de suas postagens, em que o conteúdo sobre à eurodance e o freestyle tem prevalecido. Neste sentido, ele faz um resgate sobre artistas (cantores/as, bandas e projetos)  destacando suas trajetórias por meio dos singles lançados, discutindo e pontuando os singles em coletâneas, trilhas de novelas, e periódicos do cultural áudio visual pop, o que torna os vídeos  bastante informativos, uma vez que esse s eram os produtos do desejo material e simbólico da juventude dos anos 90 e 80.

O canal tem pouco tempo de atividade, porém contabiliza 1,43 mil  inscritos (as), um número  que vem crescendo considerável, e  neste pequeno de  percurso o canal abordou a trajetória de La Bouche, Martine, 2 Brothers on the 4th floor, Mr. President, como também Kassino e Sect, estes que são artistas brasileiros (as). Erik traz também discussões sobre alguns álbuns clássicos, e também entrevistas  artistas  tanto da eurodance e  da MPB, com também de produtores (as) da música que foram importantes para o cenário da cultura pop dos anos 90 e 80.

A qualidade dos vídeos produzidos por Erick demonstra maturidade e preocupação informacional e leveza, assim eles não trazem nenhum lixo de memes exaustivos, deboches supérfluos, ou quaisquer outros recortes desnecessários que rigorosamente os (as) youtubers trazem deixando os vídeos longos, pesados e cansativos. Assim, quem curte, especialmente a cultura dos anos 90, novos e seminovos,  O Som do K7  é uma opção bastante interessante para as quintas pandêmicas.

Sábado dia 29 agosto de 2020, as 16 horas, Erik fará a primeira live do canal  de  O Som do k7, para fazer um balanço acerca dos vídeos que foram postados, como também   abordar as perspectivas.  Quem tiver  desejo participar já pode postar questionamentos para Erik Rizzatto na página O Som do K7.

 

Referências

RIZZATTO, Erik. Fotos de  Erik Rizzatto. Publicado no Facebook. Disponível em: https://www.facebook.com/erik.rizzatto. Acesso em: 20 ago. 2020.

RIZZATTO, Erik.O Som do k7. Publicado pelo canal O Som do k7. 2020. Disponível em: https://www.youtube.com/channel/UCqZR6Lx_SSgIc-wNe3Vwb-w/about. Acesso em: 20 ago. 2020.

RIZZATTO, Erik. Perfil de  Erik Rizzatto. Publicado no Linkedin. Disponível em: https://br.linkedin.com/in/erik-rizzatto-12292626. Acesso em: 20 ago. 2020.

Seminário – Lives e olhares livres: a população LGBTQIA+no contexto da pandemia da Covid19

Foto 1:Lives e olhares livres: a população LGBTQIA+ no contexto da pandemia da Covid19 – 2020.

Sérgio Kafé

O mundo tem vivenciado uma pandemia ocasionada por uma doença respiratória contagiosa, letal, a COVID-19 (Corona Virus Disease 19), causada por um novo coronavírus (SarsCov2). O Isolamento social, as incertezas, as mudanças decorrentes das novas relações sociais podem culminar em fenômenos como angústia, ansiedade e estresse, que afetam um todo. A comunidade LGBTQIA+ está exposta ao novo coronavírus da mesma forma que o restante da população, contudo, uma considerável parcela desta comunidade vive em vulnerabilidade social, enfrenta intolerância e estigmas que dificultam o acesso à saúde, à informação, à proteção feita por uma rede de suporte congruente e inclusiva, podendo assim encontrar-se ainda mais desprotegida neste momento de pandemia.

À vista disso, em uma ação coordenada  pelo núcleo Grupo de Estudos Formando Competências, Construindo Saberes e Formando Cientistas – GEINCOS,  o núcleo Informação, Memória, Tecnologias e Sociedade – iMclusoS e  inciativa dos (as)  discentes  do  Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação planeia o seminário on lineLives e olhares livres: a população LGBTQIA+ no contexto da pandemia da Covid19″ (Foto 1)  para  discutir estratégias de enfrentamento da população LGBTQIA+ na atual conjuntura, assim discutindo  pela lógica  interdisciplinar a partir   da intersecção  por falas de sujeitos LGBTQIA+ como também outras falas sensíveis às causas LGBTQIA+ como contributos.

O evento – além de outros e outras (Galeria 1) –   terá como palestrante  Fernando Luiz Araújo da Costa (Foto 02),   gerente executivo LGBT  da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana do governo do estado da PB.

Foto 2: Fernando Luiz Araújo da Costa – 2020.

 

                            Galeria 1: Palestrantes

O evento é gratuito com emissão de certificado e para participar basta clicar aqui e preencher o cadastro e seguir a pagina @lgbtqia.pandemia.

Realização

Núcleo ‘Informação, Memória, Tecnologias e Sociedade (iMclusoS),  Grupo de Estudos Integrando Competências, Construindo Saberes, Formando Cientistas (GEINCOS/CE/UFPB)

 

APOIO INSTITUCIONAL

Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Universidade Federal da Bahia (UFBA)

 

COMISSÃO ORGANIZADORA

Alba Cleide C. Wanderley – GEINCOS – CE/UFPB, Sérgio Rodrigues de Santana – PPGCI/UFPB, GEINCOS – CE/UFPB, Maytê Luanna Dias de Melo – PPGCI/UFPB, Carla Daniella Teixeira Girard – UFRA, PPGE/ULBRA, Leyde Klébia Rodrigues da Silva – UFBA

 

COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO

Anna Raquel de Lemos Viana – UFPB, Ewerton Alves – GEINCOS – CE/UFPB, Saulo Tasso de Menezes – UFPB, Levi Cadmiel Amaral da Costa – UFPB, Eliane Epifane Martins – SEDUC/Belém/PA, Maria da Conceição Pereira Alvares Teofanes – GEINCOS – CE/UFPB e Aurora Camboim Lopes de Andrade Lula – GEINCOS – CE/UFPB

 

COMISSÃO DE TECNOLOGIA

Daniel Jackson Estevam da Costa – UFPB, Pedro Felipy Cunha da Silva – UFPB e Anna Raquel de Lemos Viana – UFPB

 

COMISSÃO DE MEDIAÇÃO

Leyde Klébia Rodrigues da Silva – UFBA, Josemar Elias da Silva Junior – UFPB, Larissa Fernandes da Silva – UFPB, Pedro Felipy Cunha da Silva – UFPB, Rayan Aramis de Brito Feitoza – UFPB, Luís Carlos da Silva – UFPB e Anna Raquel de Lemos Viana – UFPB

Nas entrelinhas do discurso de Rachel Sheherazade, a musa do fascismo midiático

Foto 01:   Rachel Sheherazade foi agraciada com o título de Musa do Fascismo pelo site Ujs em 2014.

Por Kafé Santana

O que  emerge das  entre linhas do discurso da Rachel Sheherazade?  Quando a musa do ‘jornalismo’ resolve falar sobre à  atual conjuntura do país.

  Essa repórter conseguiu fama depois de falar alguns absurdos sobre o carnaval, o que incluiu a ideia de que o carnaval do Brasil não é cultura. Alí mesmo, ficou claro que a repórter não tinha nenhuma noção acerca do fenómeno cultura, que nunca mesmo leu a referência básica da  temática  de  uma graduação de ciências humanas, sociais e aplicadas,  o livro O Que É Cultura?  da coleção primeiros passos do autor José Luiz dos Santos. Foi triste!  Mas, o Sílvio Santos, essa outra criatura nativa do mundo de Regina Duarte acho aquele discurso lindo, e a promoveu. Pronto, deu forças para uma pessoa que parecer odiar todos os mundos diferentes do dela. Isso mesmo, odiar!

O discurso sobre o carnaval era apenas indício de que muitas pessoas que compõem a sociedade brasileira privilegiada não gostam de ver o gozo do povo, isso incomoda. O que parece que muitas  pessoas da elite brasileira são invejosas e cultiva todos os fenómenos que orbita a discriminação, esse valor que parece ser essencial e existencial destas pessoas.

Inspiradíssima no poema “Não Sobrou Ninguém” do pastor protestante alemão antinazista Martin Niemoller, com o objetivo de fazer um observação sobre  à atual situação do Brasil, em suas palavras vazias e parafraseadas de textos mal lidos, a Sheherazade acabou trazendo algo de seu íntimo instanciado pelo seu ódio (ela ama fazer isso).  Vale destaca que, ela  somente se pronunciou por que está sendo ameaçada de morte pelo (des) governo atual, isso é triste, muito triste mesmo.   Por outro lado, isso pode ser  uma resposta do universo quanto à sua perversão, tudo tem retorno. Acredito que se não houvesse as  ameaças   ela nunca teria saído do mundo da Regina Duarte, seu Habitat.

Pois, bem, farei o jogo colar e copiar da Sheherazade, só que de forma inteligente, pelos menos refletindo, uma coisa que ela não costuma fazer.

Quando mataram a Marielle, ela não protestou. Afinal, ela não é esquerdista. Ela nem mesmo foi empática e ética sendo mulher em seu lugar de fala (será que ela sabe o que é lugar de fala?). Principalmente não fora   empática,  que é uma característica humana.  Mas, como disse a sábia drag Rita Von Hunty parece que é impossível  uma pessoa de direita ser humana.

Quando debocharam dos (as) quilombolas (as), ela não os (as) defendeu. Ela não é negra,  disse.  Se a Sheherazade tinha lugar de fala como mulher e não se pronunciou acerca do assassinato de Marielle, defender a população negra era improvável. Assim se manteve caladinha, mudinha, ceguinha  e quentinha (o quarto macaquinho).  (In) felizmente ela não tem lugar de fala nem lugar de sensibilidade quanto essencialidade e existencialidade  negra.

Sendo assim, quando os alvos foram os sujeitos LGBTQIA+, ela deu de ombros. Ela não é LGBTQIA+. É como já dito ela não tem lugar de fala, e neste caso seria incapaz (como a Glória Pires)  de se colocar no lugar de sensibilidade. E possível  que na família dela não tenha sujeitos LGBTQIA+, isso é uma Glória! Não a Groove e nem a Pires, contudo é a Glória.   Sabe o que ela disse?  Por favor, não me confundam!

Quando atacaram os ministros do Supremo e ameaçaram o Congresso, ela se omitiu e fez pouco caso. Não sou deputado nem senador para me preocupar, disse. Mas,  qual é afinal a preocupação social de Sheherazade? E por que ela crítica o (des) governo atual? Ela não tem esse lugar de fala, muito menos de sensibilidade.

O mais lindo desta história, é que quando a Sheherazade fora ameaçada de morte, a pobrezinha se vitimou no poema de Niemoller. Realmente, afinal, não sobrou ninguém. Ela estava sendo expulsa do mundo de Regina Duarte.

Gente! A Rachel Sheherazade e vazia e frouxa (eu estou sendo prosaico). Se ela não sabe o que é cultura, é óbvio que ela não irá saber o que é Responsabilidade Social nos vieses da empatia, ética e responsabilidade, ela é apenas moralista, o construto mais obscuro da Responsabilidade Social .  Ela é displicente e egoísta.  Eu poderia ter escrito sobre o (des) presidente, pois eu não correria o risco de ser chamado de misógino.  Mas, além do (des) presidente há outras pessoas que tem trabalhado para pôr em prática um projeto para transformar o Brasil em um caos social, e uma delas é a Sheherazade com seu ódio.  Ela faz isso muito bem por duas vias, quando fica calada e quando resolver discursar. Gente! A Rachel Sheherazade também é um entrave para a democracia Brasileira, ela é um vetor que promove a disseminação de ódio e a discórdia da população brasileira.  Não é por menos que ela foi agraciada com o título de Musa do Fascismo pelo site Ujs.

Referências

Foto de Rachel Sheherazade (La Kitsch) extraída do Facebook. In: Facebook, 2019. Disponível em: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2533799660007789&set=pb.100001333387429.-2207520000..&type=3&theater. Acesso: 02 mar. 2020.

Rachel Sheherazade: a musa do fascismo midiático. In: Ujs, 2014.Disponível em: https://ujs.org.br/noticias/rachel-sheherazade-a-musa-do-fascismo-midiatico/. Acesso: 02 mar. 2020.

TARGINO, M. G. et al. Do Sujeito Empático ao Sujeito Informacional: Relações Epistemológicas Acerca da Responsabilidade Social na Ciência da Informação. Rev. FSA, Teresina, v. 16, n. 3, p. 265-282, maio/jun. 2019. Disponível em: http://www4.fsanet.com.br/revista/index.php/fsa/article/view/1807/491491877. Acesso: 02 mar. 2020.

TEODORO, P. Rachel Sheherazade adapta poema de pastor antinazista após ser ameaçada de morte por críticas a Bolsonaro. In: Revista Forum, 2020.Disponível em: https://revistaforum.com.br/comunicacao/rachel-sheherazade-adapta-poema-de-pastor-antinazista-apos-ser-ameacada-de-morte-por-criticas-a-bolsonaro/. Acesso: 02 mar. 2020.

 

 

Homofobia nas Virgens de Tambáu

Foto 1: Homofobia nas Virgens de Tambáu, 2020.

Kafé Santana

As Virgens de Tambaú é  um dos maiores  blocos de  carnaval da capital pessoense, em que seu objetivo de diversão  é  os   homens  sejam eles  heterossexuais, gays, cis ou trans se  vestirem  de mulheres.

Contudo,  até então   nunca houve  manifestações de preconceito  homofóbico no sentido amplo  quanto à  dinâmica do bloco até a edição de 2020  que ocorrera neste último domingo dia 16 de Fevereiro.  Elbo Guedes (Foto 01),  um policial militar da Paraíba relatou no seu Integram que está sendo vítima de homofobia depois que se fantasiou de dálmata para as Virgens de Tambaú (Foto 2).

Foto 02: Grupos do Whats App, 2020.

Alguém mal-intencionado compartilhou  sua foto  com comentários desnecessários no Whats App,   em que  sua  foto (Foto 02)  à fantasia estava  anexada às outras  fotos dele fardado. Isso com o objetivo não apenas de ridicularizar o rapaz, mas especialmente  de disseminar  a ideia de que ele estaria desrespeitando seu trabalho.  Porém,  o policial  estava de folga  no dia 16 de fevereiro, e sua decisão  de se divertir fantasiado ou não, em nenhum momento  se configura motivo de desrespeito a si, seu trabalho e a sociedade.

É preciso ser vigilante  quanto estas posturas como também denunciá-las, pois aceitar esse forma de violência simbólica contorna ainda mais essa sociedade que ja se configura injusta.

https://www.instagram.com/p/B8w_GcuJ5mW/

 

Referências

Policial da Paraíba relata homofobia em rede social após usar fantasia em bloco. In: Paraíba Debate,  2020.Disponível em:  http://paraibadebate.com.br/policial-da-paraiba-relata-homofobia-em-rede-social-apos-usar-fantasia-em-bloco/?fbclid=IwAR3vHI6XDTE2B2JmwmcP1FKEgowWIvgG8ecpw9efZVDBCpr14N0ajQW8SZs. Acesso em: 20 fev. 2020.

Fotos e Informações sobre Elbo Guedes.In: Instagram,  2020. Disponível em:https://www.instagram.com/elboguedes/. Acesso em: 20 fev. 2020.

Morre em João Pessoa, aos 57 anos, ativista Fernanda Benvenutty

Por Kafé Santana

Morreu neste domingo (02/02/2020)  a  ativista Fernanda Benvenutty  que tinha 57 anos e que  lutava  contra um câncer no estômago.   A ativista  estava internada desde a noite do sábado quando passou mal e precisou ser internada em um dos hospitais da capital. Benvenutty   foi uma  defensora da cultura e da comunidade LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), sendo sobretudo um ícone e referência de resistência   da luta e cultura das Travestis, Transexuais e Transgêneros.

A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) emitiu uma nota e lamentou a morte de Fernanda Benvenutty. “Ela que foi pioneira de muitas lutas e de muitas batalhas perdeu a vida vitimada pelo câncer. Nós estamos dilaceradas por perder tão importante personalidade, mas temos certeza que ela cumpriu o seu papel. E nos deixou um belo legado de luta e resistência”, disse a nota.

Sua morte   foi  confirmada por Paulo César, amigo e diretor da Escola de Samba Unidos do Roger, entidade que Fernanda estava como presidente .“O estado de saúde dela estava agravado por causa do câncer. Ela foi internada e ficou constatado que os rins estavam paralisados. Havia essa suspeita, pois ela demonstrava dificuldade para fazer necessidades básicas. Assim que ela deu entrada no hospital, foi para a UTI e na tarde deste domingo recebemos a triste notícia da sua morte”,  revelou César(2020).

O velório acontece a partir das 17h deste domingo, no Ginásio do Guarany do Róger.